Nos investimentos empresariais as taxas foram mantidas.

Dando continuidade a linha de aumento de tributos, o Governo Federal, por meio do Conselho Monetário Nacional (CMN), anunciou o aumento de juros para o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) Rural.

Para o Mini, Pequeno e Pequeno-Médio produtor, em investimento com custeio ou capital de giro associado, a taxa passou de 5,30% para 7,65% ao ano. Já a taxa de juros com bônus, passou de 4,50% para 6,50%. Em Operações Florestais destinadas a projetos de conservação e recuperação, a taxa foi a que sofreu maior impacto, quase dobrando o valor dos juros anuais, de 4,71% para 8,53%.

A medida, determinada pela Resolução nº 4.423 de 25 de julho/2015, vale para o período de 1º de julho de 2015 a 30 de junho de 2016. Pela regra, o bônus de adimplência fica mantido em 15%. Nos investimentos empresariais, as taxas foram mantidas.

Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico do Estado, e presidente do Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (Ceif/FCO), destaca que o aumento deve gerar um impacto significativo, inibindo a expansão de novos investimentos e elevando o custo das operações.“Com certeza o aumento dos juros para o FCO Rural criará um desestímulo aos investimentos”, reforçou.

O secretário ainda admitiu que mesmo com o aumento de juros, o FCO rural continua sendo a melhor opção, porém, causa um desequilíbrio no mercado. “Tivemos uma pressão de demanda nos mês de junho na qual empresários rurais buscaram antecipar seus investimentos para usufruir das taxas menores, vigentes até 30 de junho. Mesmo com este aumento, acreditamos na elevação substancial para os empresários rurais destas operações, uma vez que ainda continuam sendo atrativas frente às outras opções do mercado financeiro.” destacou Jaime.

Entenda os valores

Para investimentos, inclusive com custeio ou capital de giro associado, foram aprovadas três faixas. A primeira, para empreendimentos com receita bruta anual de até R$ 16 milhões, para mini, pequeno e pequeno-médio, o juros passaram de 5,30 para 7,65%. Para os que têm receita entre R$ 16 milhões e R$ 90 milhões, que são os empresários de médio porte, os juros passaram de 5,30% para 8,53% e os empreendimentos rurais de grande porte, o juros eram de 7,06% e passaram para 10,00%.

A tarifa que passou de 4,71% para 8,53% engloba operações florestais destinadas ao financiamento de projetos de conservação e proteção do meio ambiente, recuperação de áreas degradadas ou alteradas, recuperação de vegetação nativa e desenvolvimento de atividades sustentáveis, para os mini, pequeno, pequeno-médio, médio e grande porte.

Para custeio e capital de giro também foram criadas as mesmas três faixas. Com receita de até R$ 16 milhões, taxa integral de 8,82% e taxa com bônus de 7,50%; para receita de R$ 16 milhões a R$ 90 milhões, taxa integral de 10,29% e taxa com bônus de 8,75%. Para os que têm receita acima de R$ 90 milhões, taxa integral de 12,35% e taxa com bônus de 10,50%.