A safra catarinense de soja cresceu 48% este ano em relação a 2012. Fatores, entre eles climáticos, combinados com o aumento do plantio e investimentos em equipamentos resultaram na supersafra que poderá chegar a 1,6 milhão de toneladas. Pelas estimativas, o aumento deve movimentar R$ 1,4 bilhão na economia do Estado.

Para o presidente da Federação da Agricultura de Santa Catarina (FAESC) José Zeferino Pedroso o resultado positivo é reflexo da aposta do agricultor. “Ciente de que a produção é de altíssimo risco, mas com a garantia de que a soja tem mercado permanente, principalmente o internacional, nosso agricultor fez uma aposta e saiu vencedor”, comenta Pedroso, acrescentando que a produção também foi beneficiada pela ausência de intempéries de curta duração. “Nosso agricultor tem aproveitado muito bem a topografia com a ocupação máxima de suas áreas. Investiu em tecnologia e em sementes selecionadas para chegar a este nível de produção”, finalizou.

A média de produção por hectares no ano passado passou de 30 para 57 sacas na mesma área plantada este ano. Isso representa um ganho de quase R$ 3 mil por hectare considerando que a cotação atual por saca está em R$ 52. Este ano a produtividade por hectare chegou a 3 mil contra 2,3 em 2012.
A área plantada passou dos 452 mil para 512 mil hectares. O aumento nos lucros possibilitam a continuidade nos investimentos e o crescimento da economia dos municípios produtores, principalmente os localizados no Meio-Oeste, entre eles Campos Novos, Xanxerê e Abelardo Luz.

Curitibanos, na Região Serrana e Mafra e Canoinhas, no Planalto Norte, também estão entre os produtores em destaque. Boa parte da produção do grão no Estado atende o mercado internacional, principalmente o chinês e é escoada por meio de transporte rodoviário para os portos de Itajaí, Navegantes e São Francisco do Sul. Outra parte é direcionada ao consumo interno para abastecer o grande número de empresas produtoras de seus derivados.