Mato Grosso do Sul está na “nova fronteira da bioenergia brasileira”. Foi assim que o presidente da Biosul – Associação de Produtores de Bioenergia de MS, Roberto Hollanda Filho, classificou a região Centro-Sul para a produção do setor sucroenergético, durante sua participação no Showtec 2013, nesta sexta-feira, dia 25. O estado já é o quinto em moagem no País e deve brigar pela segunda colocação em três safras. “No próximo ano, devemos ultrapassar a produção do Paraná”, completa.

A análise do presidente da Biosul dá-se justamente porque o estado tem mais de 8 milhões de hectares para crescer. “Cada vez mais o produtor rural consegue produzir em cada vez menos espaço. Com a tecnologia e a capacitação do produtor essa conta só tende a somar em produtividade”, analisa.

Hollanda Filho frisa que, esse crescimento, não é apenas para a cana, mas que há espaço para todas as culturas.

Atualmente, a produção de etanol no Estado responde por 63% de toda a cana processada, sendo que 37% fica para a confecção de açúcar. MS é o estado mais mecanizado do Brasil, 94,7% da produção passa pelo processo de mecanização e é o terceiro maior empregador.

Para crescer ainda mais, o setor sucroenergético traçou premissas para 2020: atender 50% da demanda mundial de automóveis flex, atender a demanda do mercado norte-americano (em 2020) de 13,2 bilhões de litros. Hoje, a produção de combustível proveniente da cana-de-açúcar atende apenas 36% da demanda dos veículos flex.

Para alcançar em 2020 a expectativa apontada pelo setor, 120 novas usinas precisam ser inauguradas e, em relação à última , o crescimento de produção deve ser 100% maior. Hoje, esse aumento quando relacionado da safra 2004/2005 está principalmente nos estados de Goiás (276%) e Mato Grosso do Sul (282%).

Se essas premissas forem alcançadas, o PIB de US$ 48 bilhões vai para US$ 90 bi, as exportações de US$ 15 bi vai para US$ 26 bi, serão gerados 350 mil empregos diretos, serão requalificadas de 20 a 25 mil trabalhadores. Os investimento da indústria serão de R$ 110 bilhões e de agricultura vão ser de R$ 46 bilhões. O país vai reduzir as emissões de CO2 de 46 mt para 112 mt CO2.