A Abiove, associação que reúne indústrias de óleos vegetais que atuam no Brasil, reduziu hoje, em 200 mil toneladas, sua estimativa para a produção nacional de soja nesta safra 2012/13, que está em fase final de colheita. Segundo a nova previsão da entidade, serão 82,1 milhões de toneladas, ante as 82,3 milhões estimadas em março e as 66,9 milhões de 2011/12, quando a colheita foi prejudicada por uma severa estiagem no Sul.

As previsão anterior de exportações, de 38,5 milhões de toneladas de soja, também foi revista, para 38,2 milhões. O recuo reflete, em parte, a redução da projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para as importações da China, maior comprador mundial de soja em grão. No ciclo passado, os embarques brasileiros somaram 31,9 milhões de toneladas.

Nesse contexto, a previsão para os estoques finais de soja no Brasil em 2012/13 subiram de 3,1 milhões de toneladas (previsão de março) para 3,4 milhões, ante 2,1 milhões em 2011/12

A estimativa da Abiove para o processamento também caiu, de 38,5 milhões de toneladas para 38,3 milhões, ante as 34,8 milhões da temporada anterior.

Para o farelo de soja, a Abiove ajustou a produção de 29,3 milhões de toneladas para 29,1 milhões de toneladas, ante 26,5 milhões no ciclo passado. O consumo interno de farelo, por sua vez, foi corrigido de 14,2 milhões de toneladas (previsão de março) para 14 milhões, ainda acima de 2011/12 (13,2 milhões). As estimativas para exportação e estoques finais de farelo permaneceram inalteradas em 15 milhões de toneladas e 754 mil, respectivamente.

Na nova estimativa, a produção de óleo de soja cai de 7,4 milhões de toneladas para 7,35 milhões, e as exportações recuam de 1,7 milhão para 1,6 milhão de toneladas. No ciclo anterior, a produção foi de 6,8 milhões de toneladas e as exportações alcançaram 1,6 milhão. A previsão da entidade para o consumo interno de óleo foi mantida em 5,7 milhões de toneladas, o que contribuiu para que os estoques finais do produto fossem elevados de 224 mil para 274 mil toneladas em 2012/13. Em 2011, o consumo interno chegou a 5,4 milhões de toneladas e os estoques finais ficaram em 224 mil.