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Economia

Safra de milho coloca país em situação privilegiada no cenário mundial

O conceito de segunda safra de milho já se consolidou. Odacir Klein, presidente-executivo da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), destaca “detalhe” inquestionável quando o debate são os investimentos maciços feitos nessa época de plantio. “A produção da safra de verão de milho deverá chegar a 37 milhões de toneladas. Já a da segunda safra chegará […]
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O conceito de segunda de milho já se consolidou. Odacir Klein, presidente-executivo da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio), destaca “detalhe” inquestionável quando o debate são os investimentos maciços feitos nessa época de plantio.

“A produção da safra de verão de milho deverá chegar a 37 milhões de toneladas. Já a da segunda safra chegará a 27 milhões.

Temos um consumo interno de 50 milhões de toneladas de milho. Ora, sem a segunda safra, teríamos uma carência de 13 milhões de toneladas do cereal”, pontua.

Klein ainda reforça que a segunda safra de milho é fundamental para o abastecimento do país e para que sejam criados excedentes exportáveis. Somente em Mato Grosso, principal estado produtor, a produção chegará a 9,4 milhões de toneladas, ultrapassando o Paraná, no patamar de nove milhões de toneladas.

Mesmo antes de semeado, o milho segunda safra, que começará a ser plantado após a colheita da soja no estado de Mato Grosso, tem expressiva parcela já vendida. Entre os principais mercados consumidores, destaque para Arábia Saudita, Colômbia e Coreia do Sul.

Nesse cenário, entre as previsões apontadas por Odacir, estão o aumento da demanda por proteínas animais, o crescimento do volume de milho para etanol, aumentos expressivos da produtividade e três situações que deverão ocorrer no mercado internacional: a China aumentará as importações, a Argentina buscará agregar valor ao cereal, transformando o milho em combustível e em rações para aves, e os Estados Unidos passarão por um cenário competitivo entre o milho destinado para etanol e a quantidade do cereal que deverá ser destinada às exportações.

Liderança 

Parte dessa conjuntura será comum ao Brasil, na visão do produtor rural e prefeito do município de Lucas do Rio Verde (MT) Marino José Franz.

“O Mato Grosso deverá agregar valor ao produto. Temos um potencial muito grande, mas temos também que diversificar nossa produção, viabilizando o segmento de carnes.

Essa será a principal maneira de viabilizarmos nosso principal negócio, a agricultura”, disse.

E em uma situação semelhante aos Estados Unidos, maiores produtores de etanol a partir do milho, Marino destaca que a falta de logística de Mato Grosso levará o Estado a investir nessa possibilidade. “Reproduzo aqui uma afirmação do ex-governador, Blairo Maggi: iremos produzir etanol a partir do milho”, destacou.

O prefeito apresentou em painel sobre o escoamento da produção do milho segunda safra dados que colocarão o estado de Mato Grosso na liderança da produção agrícola. “Mato Grosso é a única região viável para o plantio da segunda safra em escala no mundo”, afirmou.

A projeção de Marino Franz é que a produção de milho ultrapasse as 16 milhões de toneladas em 2014, com mais 10 milhões de hectares de área sendo incorporados à agricultura provenientes de pastagens.

“Não haverá estrada para suportar essa produção. É sete vezes mais em conta transportar frango do que milho. Por isso, o setor de carnes viabilizará nosso principal negócio”, antecipou.

Diante desse contexto, o prefeito reforçou o crescimento do município proporcionado pela agricultura. De R$ 106 mil em 1996, o PIB subiu para R$ 1,3 milhão em 2011.

“O próprio Brasil não conhece o potencial do nosso estado. Ou temos opções concretas para melhorias na logística de transporte, com a viabilização de ferrovias para nos ligar ao Pacífico, ou teremos realmente que investir em consumo”, frisou. Hoje, o custo do frete de grãos até o porto mais próximo representa mais de 45% do valor obtido pela venda de uma tonelada de grãos. Já em Ponta Grossa, no Paraná, esse valor representa apenas 8%.

PRÓXIMA EDIÇÃO SERÁ EM
Em assembleia realizada no dia 22 de novembro de 2011, foi definida a próxima cidade que sediará o Seminário Nacional de Milho Safrinha será Dourados, no estado do Mato Grosso do Sul.

O evento será uma promoção da Associação Brasileira de Milho e Sorgo (ABMS) e terá a realização da Embrapa Agropecuária Oeste, sediada no mesmo município. O pesquisador Gessi Ceccon será um dos responsáveis pela realização da próxima edição do seminário.

O XI Seminário Nacional de Milho Safrinha, promovido pela Fundação Rio Verde e ABMS, é uma realização da Fundação Rio Verde, com patrocínio da Aprosoja, Cearpa MT, Sicredi, Nitral Urbana, Bayer, Basf, Syngenta, Pioneer, FMC, Dekalb e Bio Gene. Apoiam o evento o Sindicato Rural e a Prefeitura de Lucas do Rio Verde.

Mais informações: www.seminariomilhosafrinha.com.br

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