Os efeitos do frio intenso na safra de milho em Mato Grosso do Sul devem ajudar a elevar os preços do produto. Os dois maiores produtores brasileiros, Paraná e Mato Grosso, já tiveram quebras na produção por causa de geadas no final de junho e da estiagem no primeiro semestre, respectivamente.
Agora, com a projeção de que a frente fria tenha deixado prejuízos que podem chegar a R$ 200 milhões nas principais regiões produtoras da cultura em Mato Grosso do Sul, segundo a Fundação MS, piora a expectativa para a safra nacional.
O município de Maracaju, considerado o maior produtor de milho safrinha do Estado foi o mais atingido com a estimativa de R$ 32,8 milhões na safra. Sidrolândia, Amambai, Aral Moreira, Rio Brilhante e a região da Grande Dourados também estão na lista dos municípios mais afetados pelas geadas que ocorreram nas regiões central e sul do Estado na semana passada.
Analistas já falam de uma quebra dez vezes maior do que o esperado anteriormente para a safra nacional.
Segundo Aedson Pereira, da consultoria Informa Economics FNP, considerando as perdas por geada e seca, a produção da segunda safra de milho do país, oficialmente estimada para cair em 1 por cento, para 21,7 milhões de toneladas, terá que ser ajustada para baixo em pelo menos 2 milhões de toneladas.
“Ou seja, com uma queda de 10 por cento se comparada à colheita de 2009/10”, calcula. O resultado deve refletir no aumento do preço de mercado do milho negociado desde já. (Com informações da Reuters)