Outubro com bandeira tarifária vermelha 2 deve encarecer contas de energia

Seca diminui capacidade de produção hidrelétrica e Agência Nacional recorre a aumento de geração de fonte termelétrica

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Usinas termelétricas tem sido acionadas em todo o País (Foto: Aneel)

A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou nesta sexta-feira (27) que a bandeira tarifária para outubro será vermelha, patamar 2, o que implica uma cobrança adicional na conta de luz para os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

A cobrança será de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, refletindo o aumento dos custos de geração de energia, principalmente em decorrência da alta exigência gerada no sistema hidrelétrico.

Entre os principais fatores que influenciam o cenário atual, destaca-se a necessidade de se acionar formas mais caras de geração de energia elétrica, como a termelétrica. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, a Usina de Três Lagoas, foi acionada desde o dia 11 de setembro.

Assim como ela, diversas outras usinas termelétricas foram ativadas, devido à seca que gera menor afluência de água para os reservatórios das hidrelétricas. O uso das termelétricas gera uma diminuição da pressão exercida sobre a produção hidrelétrica.

O sistema de bandeiras tarifárias, criado pela ANEEL em 2015, reflete o custo variável da produção de energia e visa proporcionar aos consumidores maior controle sobre seus gastos com eletricidade.

Após um longo período de bandeira verde, iniciado em abril de 2022, houve uma mudança para bandeira amarela em julho de 2024, seguido pela bandeira verde em agosto e, agora, pela bandeira vermelha, patamar 1 em setembro, e patamar 2 em outubro.

A ANEEL destaca a importância do uso consciente da energia, incentivando os consumidores a adaptarem seu consumo durante períodos de bandeira vermelha, contribuindo para a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade do setor elétrico.

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