Alvo de investigação da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) na terça-feira (13), o supermercado Comper de Campo Grande já foi campeão de reclamações no Procon/MS. Dessa vez, vai responder administrativamente por irregularidades encontradas no estabelecimento da Avenida Mato Grosso.
A ‘batida’ encontrou baratas no setor de hortifrútis do supermercado, que chegou a ser interditado. Secretário-executivo do Procon/MS, Angelo Motti explica que o órgão foi acionado após a Decon constatar irregularidades na exposição de alimentos do Comper.
“Inicialmente o mercado foi interditado e solicitado perícia com bioquímico para ir ao local. Mas como o supermercado apresentou laudo de dedetização dentro da validade e tomou as providências adequadas como retirada dos produtos e limpeza do local, o supermercado foi novamente liberado”, explica Motti.
O próximo passo é correr processo na Polícia Civil e administrativo no Procon, que pode resultar em multa, caso fique comprovada negligência do supermercado com os itens em exposição. A recomendação do Procon/MS é para os consumidores denunciarem quando forem encontradas irregularidades, principalmente em casos graves como este.
“O Comper é uma empresa que melhorou muito a relação com o consumidor, já foi campeão [em reclamações], hoje já não é mais. Atualmente tem poucas denúncias, mas tem surgido recente algumas denúncias sobre a exposição de alimentos, então eles vão precisar aprimorar o processo para não sofrer mais nenhuma sanção”, afirma.
Denúncias levaram polícia ao Comper
Segundo o delegado Reginaldo Salomão, da Decon, insetos foram encontrados no meio de cebolas da área do hortifrúti que chegou a ser interditada na manhã desta terça-feira (12). De acordo com o delegado, a ‘batida’ aconteceu depois de denúncias.
A mercadoria não foi recolhida e o Procon deverá tomar providências, já que envolve relação de consumo, segundo o delegado.
Conforme informações passadas para o Jornal Midiamax por um trabalhador, ratos também são vistos no mercado, na parte dos fundos, onde a polícia não fiscalizou.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do Comper, que em nota não respondeu aos questionamentos sobre a situação, apenas informou que “após averiguação das entidades competentes na sessão de hortifrúti, o supermercado funciona normalmente”.