Escassez de chuvas e acionamento de termelétricas elevam tarifa de energia em setembro

Bandeira tarifária vermelha 2 será acionada após mais de três anos

Osvaldo Sato – 02/09/2024 – 16:32

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Termelétricas serão acionadas para compensar redução de capacidade de hidrelétricas (Foto: Divulgação, GNA)

Após mais de três anos, a bandeira tarifária vermelha 2 será atividade neste mês de setembro, o que deve resultar em aumenta de % na conta de energia da população de Mato Grosso do Sul. O anúncio foi feito na última sexta-feira (30) pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Isso porque o sistema elétrico deve acionar o uso das termelétricas, devido à diminuição da capacidade de produção de energia das usinas hidrelétricas, que decorre, por sua vez, do cenário de escassez de chuvas.

Com a bandeira vermelha 2, os consumidores terão que pagar um acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos (o valor não inclui os impostos e iluminação pública).

Com a previsão de chuvas abaixo da média histórica para setembro, a afluência nos reservatórios das hidrelétricas é reduzida para cerca de 50% abaixo do esperado. Com a necessidade de manter a oferta de energia, as termelétricas, que possuem custos mais elevados, precisam ser ativadas, impactando diretamente o valor das contas de luz.

Conforme explica Rosimeire Costa, presidente do Concen-MS (Conselho de Consumidores de Área de Concessão da Energisa MS), o acionamento das termelétricas se justifica pela necessidade de atendimento da demanda, que é alta neste período. Apesar disso, a fonte hidrelétrica continua sendo a principal do País.

“Para evitar o esgotamento dos recursos hídricos, o Governo está poupando a água das hidrelétricas e optando por despachar as termelétricas de mérito, que são mais baratas, apesar de ainda serem mais caras que as fontes renováveis, como a solar e a eólica, pois utilizam combustíveis como diesel e gás natural, e isso reflete diretamente na tarifa de energia”, afirmou.

Segundo o Concen-MS, a variação poderia ser ainda maior. “É importante atentar que houve uma redução do PIS/Cofins nesse período, o que influenciou os valores finais. Sem essa redução, a diferença nos valores teria sido maior. Anteriormente, o PIS estava em 1,0845% e o Cofins em 4,9955%. Agora, o PIS está em 0,6671% e o Cofins em 3,0729%”, afirmou a entidade.

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Tabela comparativa (agosto x setembro):

Faixa de ConsumoVermelha 1 (agosto)Vermelha 2 (setembro)Variação (%)
até 50 kWh0,930,909-2,26%
até 100 kWh1,121,13+0,89%
até 200 kWh1,271,284+1,10%
até 300 kWh1,271,284+1,10%
até 600 kWh1,221,228+0,66%
(Fonte: Concen-MS)

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