Faltando pouco mais de uma semana para o Dia dos Namorados, comemorado em 12 de junho, a procura por produtos eróticos gera um aumento expressivo no volume de vendas em sex shops. Empresários do ramo em Campo Grande dizem registrar aumento de até 120% nas vendas nessa época. “É o nosso Natal”, dizem.
Em função da importância da data para o setor, alguns lojistas já começam a preparar as campanhas de Dia dos Namorados em janeiro. Enquanto os estoques são renovados em maio, para as vendas de junho.
“A diferença no volume de vendas é absurda. Nós nos preparamos a longo prazo para atender à demanda dessa época. É o nosso Natal”, explica o empresário e proprietário da Labareda Boutique, Ivan Reatte.
Apesar da data, a procura pelos produtos eróticos prevalece alta ao longo de todo o mês. Consumidora frequente de produtos eróticos, a jornalista Suzana Serviam, de 30 anos, fala que faz o uso em casal, com o marido. “No meu caso, dá uma apimentada das boas, sai da mesmice, dá para explorar o prazer de muitas formas diferentes”, disse.
Curiosidade aflora no mês dos namorados
Os comerciantes do setor relatam alguns fatores que impulsionam esse aumento na procura pelos produtos eróticos. Um deles é o volume das campanhas publicitárias e o incentivo ao consumo na data, que atinge mais pessoas.
Além disso, as pessoas se mostram mais dispostas e curiosas para conhecer coisas novas. Com frequência, pessoas que não consomem tais produtos ao longo do ano tendem a procurar pelo menos nessa época.
“Tem pessoas que nunca foram e deixam para conhecer nesse período, por curiosidade ou ouvir experiências de outras pessoas etc”, destaca a gerente da Afrodite Sex Shop, Josi Braga.
Produtos eróticos mais procurados
Com relação aos produtos mais comprados, em diferentes lojas, o consenso é o mesmo: há maior procura por massageadores, lingeries e produtos sensoriais, como óleos e perfumes.
Mas há outros itens que geram grande volume de vendas, como os vibradores e dilatadores. “Neste ano, houve um ‘boom’ na procura pelos succionadores [sugadores]”, disse Ivan.
Estes costumam ser procurados não somente por casais, mas principalmente por mulheres solteiras. Além disso, a compra do produto tem sido constante ao longo do ano todo, principalmente após vídeos sobre o produto viralizarem em redes sociais.
Média de preços entre lojas físicas e e-comerces:
Quanto aos preços, há oferta para diferentes bolsos e gostos, com itens que custam a partir da faixa de R$ 50 a R$ 500, a depender de onde e o que se compra.
- Lingeries – custam na faixa entre R$ 80 e 300
- Produtos sensoriais como óleos e perfumes – custam na faixa entre R$ 50 e 150
- Vibradores – custam entre R$ 80 e 500
- Plugs – custam entre R$ 50 e 150
- Outros itens como algemas, chicotes etc – custam entre 50 e 180
Procura por presentes em geral
Em Mato Grosso do Sul, a data deve movimentar R$ 360,22 milhões no comércio local, conforme levantamento da Fecomércio-MS e do Sebrae-MS. A princípio, a pesquisa destaca que a movimentação deste ano é 7% menor em relação a 2023, considerando o valor real.
“Teremos redução dos percentuais das pessoas que irão presentear e também comemorar e a razão dessa redução é que a maioria dos entrevistados (52,67%), que não irá celebrar a data, não está namorando. O valor médio a ser gasto com comemorações também está um pouco menor, já o valor médio a ser gasto com presentes teve um leve aumento”, explica a economista do IPF-MS, Regiane Dedé de Oliveira.
Presentes
Apenas com presentes, o montante que será injetado no Estado é de R$ 189,60 milhões. O gasto médio será de R$ 247,06. Entre os que vão comprar, as opções mais apontadas foram:
- roupas (25%)
- perfumes (24%)
- calçados (15%)
- flores (13%)
Comemorações
Ainda segundo a pesquisa divulgada pela Fecomércio, o aporte na economia com as comemorações representará R$ 170,61 milhões para o período, com gasto médio de R$ 215,49.
Entre os 53,03% que afirmaram que vão comemorar a data, a maioria, 55%, disse priorizar a celebração nos restaurantes. Já a segunda opção, de 18% dos entrevistados, é preparar a comemoração em casa (18%).
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