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Consumidor

Com alimentos em queda e combustível mais caro, Campo Grande tem inflação acima da média nacional

Setor de alimentação foi o único que encerrou 2023 com variação negativa
Lethycia Anjos -
Mercado
Mercado (divulgação)

encerrou o ano de 2023, com uma variação acumulada de 4,75 no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). No panorama nacional, a inflação oficial registrou alta acumulada de 4,62%. Ou seja, a variação acumulada na Capital sul-mato-grossense ficou acima da média nacional.

Os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta quinta-feira (11), mostram que o país encerrou o ano com variação acumulada de 4,62%, abaixo dos 5,79% registrados em 2022. Campo Grande segue na mesma linha, com uma variação 0,4 pontos percentuais menores que o registrado em 2022, quando a variação acumulada chegou a 5,16.

O IPCA é um índice usado para medir a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumida pela população do país. O índice é considerado o termômetro oficial da inflação no Brasil e reflete o custo de vida e o poder de compra da população brasileira.

Dezembro encerra no campo positivo

Em dezembro, o IPCA em Campo Grande foi de 0,43%, quinto mês consecutivo no campo positivo. No mês anterior, a variação havia sido de 0,31%. Já no mesmo período de 2022, a variação havia sido de 1,46%.

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Campo Grande tiveram alta em dezembro. A maior variação (1,44%) e o maior impacto (0,31 p.p.) vieram de Alimentação e bebidas. Os grupos despesas pessoais (0,79%) e artigos de residência (0,61%) contribuíram com 0,07 p.p. e 0,02 p.p., respectivamente. Os demais grupos ficaram entre o -0,10% de Habitação e o 0,27% de Educação.

Transportes

Entre os grupos que registraram maior alta ao longo do ano, destaca-se o setor de transportes (7,14%), que teve o maior impacto (1,46 p.p.) no acumulado do ano. Na sequência, aparece saúde e cuidados pessoais (6,58%) e habitação (5,06%), com impactos de 0,86 pontos percentuais e 0,77 p.p., respectivamente.

Na Capital, o setor de transportes encerrou 2023 com alta de 6,90%. Em dezembro, o grupo dos transportes não teve variação (0%). Entre as altas, o maior impacto veio do item veículo próprio (0,08 p.p.), que aumentou 0,65%, puxado pelos subitens conserto de automóvel (1,52%), emplacamento e licença (1,27%) e automóvel usado (1,12%). A maior alta foi das passagens aéreas, com 18,14%.

Na lista de quedas, o maior impacto foi do subitem gasolina (-0,13 p.p.), que caiu 1,82%. A maior queda foi do etanol (-4,91%). Juntos, os combustíveis (item), caíram 2%, tendo um impacto de -0,15 p.p.

Saúde

O grupo de saúde e cuidados pessoais acumula alta de 7,31% no ano. No último mês, o setor encerrou com alta de 0,10%, isso se deve aos subgrupos serviços médicos (0,49%) e plano de saúde (0,69%).

Houve alta nos subitens exame de laboratório (3,26%), antidiabético (2,56%) e sabonete (1,51%), enquanto as principais quedas ficaram com os subitens artigos de (-2,37%), absorvente higiênico (-2,18%) e fralda descartável (-2,13%).

Habitação

No setor de habitação, três subitens apresentaram alta, ocasionando queda no grupo. Em Campo Grande, o recuo foi de 0,10% em dezembro, após a alta no mês anterior (0,56%). Em 2023, o acumulado foi de 7,07%.

As maiores altas, vieram dos subitens saco para lixo (2,44%), mão de obra (0,65%) e condomínio (0,13%). Já no lado das quedas, se destacaram os subitens: amaciante e alvejante (-1,95%), detergente (-1,89%) e material hidráulico (-1,73%).

Alimentação

O grupo de alimentação e bebidas, de maior peso no IPCA, subiu 1,03% no último ano, conforme a média nacional. Entretanto, em Campo Grande o índice encerrou o ano com variação negativa de -0,40%.

No mês de dezembro, o setor contabilizou alta de 1,44%, após subir 1,01% em novembro. A alimentação no domicílio subiu 1,71%, influenciada pelas altas do repolho (29,77%), a batata-inglesa (27,77%), feijão-carioca (17,37%), tomate (10,23%), frutas (6,73%) e arroz (5,62%).

Já o leite longa vida recuou pelo sétimo mês consecutivo (-0,96%). A alimentação fora do domicílio (0,64%) acelerou em relação ao mês anterior (0,05%). Tanto o lanche (0,61%) como a refeição (0,68%) tiveram altas em relação a novembro (-0,71% e 0,38%, respectivamente).

Vestuário

O grupo vestuário registrou um acumulado de 3,99% em 2023. No mês de dezembro a variação foi de 0,09%, com queda nos subitens camiseta infantil (-2,89%) e lingerie (-1,43%).

Entre as altas, destacam-se tecido (2,06%), sandália/chinelo (1,59%) e vestido infantil (1,57%).

Despesas pessoais

Em dezembro, o grupo despesas pessoais apresentou a maior alta do ano (0,79%), essa alta foi alavancada pelos subitens manicure (4,25%), serviço de higiene para animais(3,75%), cabeleireiro e barbeiro (3,40%) e pacote turístico (2,15%).

As principais quedas vieram dos subitens bicicleta (-3,96%), cinema, teatro e concertos (-1,87%) e depilação (-0,47%). O acumulado do ano foi de 6,06%.

Artigos de residência, educação e comunicação

No grupo artigos de residência houve uma variação acumulada de 2,68% no ano, já a variação mensal foi de 0,61% em dezembro.

Os subitens com as maiores altas foram ar-condicionado (14,53%), utensílios para bebê (2,73%) e conserto de bicicleta (2,47%). Na contramão, as maiores quedas foram encontradas em computador pessoal (-3,70%), móvel infantil (-2,97%) e artigos de iluminação (-2,16%). Na variação acumulada em 12 meses, o subitem ar-condicionado apresentou variação de 29,14%.

No grupo educação, houve uma variação de 0,27% em dezembro e de 8,35% na variação acumulada do ano. Esse resultado foi influenciado pela queda nos subitens livro não didático (-1,51%) e atividades físicas (0,25%). Os únicos subitens do grupo que apresentaram alta foram artigos de papelaria (3,02%), livro didático (2,77%) e papelaria (2,51%).

O grupo Comunicação apresentou variação de 0,13% em dezembro e de 2,90% na variação acumulada do ano. Em dezembro, o resultado do grupo foi influenciado pela queda no subitem plano de telefonia fixa (-3,77%) e aumento em aparelho telefônico (1,24%).

INPC encerra 2023 a 3,71%

O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), encerrou 2023 com alta acumulada de 3,71%. Em dezembro o Índice subiu 0,55%, enquanto Campo Grande registrou variação de 0,36%.

Os produtos alimentícios registraram alta 1,25% em dezembro, na lista de altas também aparecem artigos de residência 0,9%, vestuários 0,12%, despesas pessoais 0,71%, educação 0,48% e comunicação 0,20%.

Enquanto nas quedas estão o setor de habitação -0,12%, transportes (-0,7), saúde e despesas pessoais (-0,10).

O que difere o INPC do IPCA é o recorte da sociedade. O IPCA avalia o consumo de famílias que ganham até 40 salários mínimos, já o INPC considera famílias que ganham de 1 a 5 salários mínimos. No IPCA, o cálculo considera um público mais abrangente, por isso é usado como principal índice para apontar a inflação no país.

Para 2024, o mínimo ficou estipulado em R$ 1.412, com isso, o novo piso do foi para R$ 1.412, valor 8,4% acima do salário mínimo pago em 2023, de R$ 1.302.

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