Aluguel de energia solar dispensa placa e promete até 15% de economia na conta de luz em MS

Custo mensal com energia elétrica do cliente precisa ser superior a R$ 500,00 para poder contratar assinatura de energia solar

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Painel solar (Foto: Ilustrativa, Freepik)

Você já ouviu falar de energia solar por assinatura? A modalidade promete economia de 10% a 15% na conta de energia sem ter que se preocupar com a instalação de placas solares. O Jornal Midiamax conferiu os serviços oferecidos por empresas em Mato Grosso do Sul.

Atualmente, consumidores que desejam economizar na conta de energia usando a geração solar precisam arcar com a compra e instalação das placas solares no imóvel, e também a manutenção desses sistemas. 

O custo com a instalação dessa alternativa vai depender da quantidade de energia utilizada mensalmente no imóvel, no entanto, pode ficar entre R$ 15 mil e R$ 20 mil no caso de uma residência ocupada por uma família com quatro pessoas.

Esse é o caso de Mato Grosso do Sul. Uma residência que gasta uma média mensal de R$ 500 na conta luz, precisaria investir cerca de R$ 15 mil na instalação de um sistema no telhado da casa, conforme o Portal Solar. O preço varia de acordo com a região brasileira onde o painel será instalado.

Como funciona o aluguel

No caso do “aluguel” de energia solar, não é feito esse investimento na instalação de placas no próprio imóvel. Usando o histórico de consumo do cliente, a empresa que realiza esse “arrendamento” de energia solar calcula a quantia ideal de energia que o cliente precisa contratar no plano de assinatura. 

Usina de geração de energia solar. (Banco de imagens, Freepik)

A energia do plano de assinatura é gerada em fazendas solares, também chamadas de usinas, e enviada à concessionária local que, no caso de Mato Grosso do Sul, é a Energisa. 

Na conta de luz da Energisa do cliente vai constar o termo “energia injetada”, que corresponde à quantidade de energia gerada pelo plano de assinatura, e aplicada na conta. Ou seja, os créditos de energia solar gerados nas fazendas são enviados à Energisa, que compensa esses créditos na conta de luz do consumidor que contratou o serviço.

Esse crédito gerado pelo plano de assinatura é que resulta em um desconto médio de 10% na conta de luz. Se em algum mês a energia disponibilizada na assinatura for maior do que a quantidade consumida pelo cliente, a diferença fica como saldo para o cliente utilizar futuramente.

Quem pode usar o serviço

Entre as empresas que oferecem esse serviço em Mato Grosso do Sul estão a Órigo Energia, a (re)Energisa, a Desperta Energia, a MS Energia Solar a Tangisa e a Nextron. Todas atuam da mesma forma, fornecendo uma parcela da energia solar obtida nas fazendas solares e gerando desconto (créditos) para o cliente final, que serão compensados diretamente na conta de luz.

O serviço pode ser usado tanto por pessoas físicas, quanto jurídicas, em imóveis residenciais ou comerciais. No entanto, o custo mensal com energia elétrica do cliente precisa ser superior a R$ 500,00 para que uma parcela dessa energia seja da modalidade solar e possa ser injetada na rede de distribuição convencional.

Suficiência energética

Mato Grosso do Sul tem, atualmente, 100.393 usinas de geração de energia solar, que são módulos solares e outros equipamentos que compõem o sistema solar instalados em residências, empresas, edifícios, entre outros, segundo a ABGD (Associação Brasileira de Geração Distribuída).

Isso faz com que o Estado ocupe o 10º lugar entre os estados brasileiros que apresentam maior potência instalada de energia solar. Em março de 2024 o estado atingiu mais de 1 GW (gigawatt) de potência instalada na geração própria de energia solar, de acordo com a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).

A maior parte dessa geração de energia fotovoltaica, 80%, está instalada em imóveis residenciais. Já os imóveis comerciais detêm 9,1% da energia solar instalada no Estado e, os imóveis rurais, 9%, segundo dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) compilados pela ABGD.

Entretanto, ainda de acordo com a ABGD, o segmento onde a utilização de energia solar mais cresce no Estado é o setor rural, “muito devido ao uso para irrigação e usos diversos na agricultura moderna e de precisão”, analisa Aurélio Souza, conselheiro e diretor de Projetos Especiais da associação.

Para ele, esse tipo de energia pode crescer ainda mais. “Há espaço para mais crescimento da geração distribuída em Mato Grosso do Sul e em todo o território nacional. O aumento da conscientização sobre os benefícios da energia solar, juntamente com políticas de incentivo e avanços tecnológicos, pode estimular o surgimento de mais empresas e o crescimento do mercado”, finaliza.

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