Sob o custo de R$ 719, Campo Grande tem a quinta cesta básica mais cara entre capitais do país

Campo-grandenses gastam, em média, quase 10 horas a mais do que o restante do país para comprar uma cesta básica, aponta Dieese

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Cesta básica em Campo Grande ficou 0,11% mais barata. (Foto: Stephanie Dias/Midiamax)

A cesta básica em Campo Grande, em março deste ano, foi a quinta mais cara entre as capitais do país. De acordo com o levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o custo do conjunto dos alimentos básicos na Capital ficou em R$ 719,15, o que representa retração de 0,11% na comparação com fevereiro e de 3,37% no ano. 

Assim, para alimentar uma família com quatro pessoas em na Capital são necessários R$ 2.157,45.

O levantamento aponta ainda que os campo-grandenses gastam 59,71% do salário mínimo líquido (após o desconto de 7,5% da Previdência Social), para comprar uma cesta básica. 

Além de estar entre as cestas mais caras, os moradores da Capital levam quase 10 horas a mais do que o restante do Brasil para fazer as compras dos alimentos básicos. Em Campo Grande, são necessárias 121h31m, enquanto no restante do país a média é de 112h53m. 

Conforme o Dieese, o salário mínimo para a manutenção de uma família de quatro pessoas (para gastos com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência) em março deste ano deveria ter sido de R$ 6.571,52, o que representa 5,05 vezes o mínimo reajustado de R$ 1.302,00. O cálculo foi realizado a partir da cesta mais cara do país, em São Paulo.

As cestas mais caras do país são em São Paulo (R$ 782,23), Porto Alegre (R$ 746,12), Florianópolis (R$ 742,23), Rio de Janeiro (R$ 735,62) e Campo Grande (R$ 719,15).

No panorama nacional, o valor da cesta básica caiu em 13 das 17 capitais pesquisadas pelo departamento econômico. 

Produtos

Em Campo Grande, os produtos da cesta básica que tiveram a maior queda em março deste ano foram a batata (-20,42%), óleo (-5,87%), carne bovina (-0,31%), café em pó (-2,20%) e o açúcar cristal (-0,52%) e manteiga (-2,35%). 

Já os produtos que ficaram mais caros no mês passado foram o feijão carioquinha (9,60%), tomate (6,54%), arroz agulhinha (1,51%), pão francês (1,43%) e leite de caixinha (0,70%). 

O preço médio do feijão carioquinha passou de R$ 8,00 em março de 2022 para R$ 10,05 no mesmo mês de 2023.

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