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Queda nos preços de alimentos e energia afetou mais população de baixa renda

A queda nos preços de alimentos e energia elétrica em julho aliviou mais a baixa renda, enquanto os reajustes nos combustíveis, passagens aéreas e locação de veículos pesaram no bolso dos mais ricos, informou nesta terça-feira, 15, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostra que … Continued
Agência Estado -
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Imagem ilustrativa (Nathalia Alcântara / Jornal Midiamax)

A queda nos preços de alimentos e energia elétrica em julho aliviou mais a baixa renda, enquanto os reajustes nos combustíveis, passagens aéreas e locação de veículos pesaram no bolso dos mais ricos, informou nesta terça-feira, 15, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O Indicador Ipea de por Faixa de Renda mostra que a inflação arrefeceu de uma queda de 0,16% em junho para um recuo de 0,28% em julho para o segmento familiar de renda muito baixa. Para o grupo de renda alta, houve aceleração, de uma alta de 0,10% em junho para elevação de 0,50% em julho.

Em julho, os principais alívios inflacionários partiram da queda na tarifa de energia elétrica e nos preços dos alimentos para consumo no domicílio, despesas que pesam mais no orçamento dos mais pobres. “No caso de alimentos e bebidas, a queda expressiva dos preços dos alimentos no domicílio, especialmente em itens importantes como cereais (-2,2%), carnes (-2,1%), aves e ovos (-1,9%) e leites e derivados (-0,89%), possibilitou uma forte descompressão sobre os índices de inflação, sobretudo para as famílias com rendas mais baixas, dado o peso destes itens nas suas cestas de consumo”, justificou a técnica Maria Andreia Parente Lameiras, na Carta de Conjuntura do Ipea.

Ainda segundo a técnica, em relação ao grupo habitação, o recuo de 3,7% das tarifas de energia elétrica gerou uma forte contribuição negativa à inflação, especialmente para os segmentos de menor poder aquisitivo. “Por fim, ainda que em menor intensidade, as deflações de 0,18% das roupas e de 0,47% dos calçados também proporcionaram um alívio inflacionário, em julho, para todas as faixas de renda”, disse.

Na direção oposta, houve pressão sobre a inflação de junho dos reajustes de 4,8% da gasolina. “Para as faixas de rendas mais altas, além do impacto mais expressivo originado pelo aumento dos combustíveis – tendo em vista o peso desse item nos seus orçamentos -, as altas de 4,8% das passagens aéreas e de 10,1% do aluguel de veículos explicam a elevada contribuição do grupo transportes à inflação destes segmentos, cuja pressão inflacionária anulou, inclusive, os efeitos baixistas vindos da deflação dos alimentos e da energia elétrica”, afirmou Lameiras

De modo semelhante, os aumentos de 0,78% dos planos de saúde e 0,51% dos serviços de recreação, e seus impactos sobre os grupos saúde e despesas pessoais, ajudam a completar o quadro de maior pressão inflacionária nos estratos de renda mais alta, completou o Ipea.

Com o resultado, a inflação acumulada nos 12 meses encerrados em julho foi de 5,09% na faixa de renda alta e de 3,44% na faixa de renda muito baixa.

O Índice Nacional de Preços ao Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e usado pelo Ipea para fazer o cálculo da inflação por faixa de renda, acelerou de um recuo de 0,08% em junho para uma elevação de 0,12% em julho. A taxa acumulada em 12 meses ficou em 3,99% em julho.

O indicador do Ipea separa por seis faixas de renda familiar as variações de preços medidas pelo IPCA. Os grupos vão desde uma renda familiar menor que R$ 2.015,18 por mês, no caso da faixa com renda muito baixa, até uma renda mensal familiar acima de R$ 20.151,76, no caso da renda mais alta.

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