A cesta básica em Campo Grande continua a quinta mais cara do país, mesmo tendo a segunda maior queda de preços entre as 17 capitais pesquisadas pelo Diesse (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). 

Os dados divulgados nesta sexta-feira (4) apontam que o valor da cesta básica em Campo Grande saiu de R$ 730,19 em junho para R$ 698,31 em julho, o que representa queda de 4,37% no período. 

A retração está ligada à desvalorização de preço de 11 dos 13 itens pesquisados. A maior queda está ligada à batata, que caiu -33,12%. O quilo do tubérculo saiu de R$ 6,16 em junho para a média de R$ 4,12, em julho.

O feijão-carioquinha, farinha de trigo e manteiga completaram um trimestre de quedas, com a baixa do preço em -11,07%, -0,97% e -3,30%, respectivamente. O quilo da carne bovina caiu -2,93% entre junho e julho.

Os únicos itens a registrar alta no valor foram a banana (1,79%) e o pão francês (0,12%).

Cesta compromete 57% do salário

Os dados do Dieese indicam que a cesta básica em Campo Grande, em julho deste ano, custou R$ 698,31, o que representa retração de -6,17% no ano e de -1,23% em 12 meses.

Já o valor da cesta básica para uma família composta por quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, chega a R$ 2.094,93.

A jornada de trabalho necessária para comprar uma cesta básica em Campo Grande foi de 116 horas e 23 minutos. Uma pessoa que recebe um salário mínimo comprometeu 57,19% do salário em julho para comprar uma cesta básica. 

Nesse cálculo foi considerado o valor do salário mínimo líquido, já descontada a contribuição de 7,5% da previdência do salário bruto de R$ 1.320,00.