O passageiro interessado em corrida de aplicativo na manhã desta quarta-feira (14), em dia de chuva e frio, levou um susto com o preço disparado. Morador que costuma pegar corrida por R$ 25 se deparou com Uber a R$ 104 em Campo Grande.

A volta da rotina, pós-feriado de Santo Antônio, assustou um cliente que costuma pedir carro de aplicativo próximo à Avenida Guaicurus com destino ao CMO (Comando Militar do Oeste), pois os valores variam de R$ 17 a R$ 25, entretanto, quando abriu o aplicativo o valor inicial era de R$ 59,99. Na esperança de baixar pela demanda, esperou e o valor da corrida só aumentou.

“Chegou a quase R$ 105, o mesmo trajeto, distância. Não sei se seria pelo frio ou da chuva, mas o pobre não consegue pagar isso para ir trabalhar. Não tem órgão fiscalizador, colocam o preço que quer e a hora que quiser”, reclama.

Outros passageiros de uso frequente de carro de aplicativo notaram a alta nos preços. Um morador que costuma pagar R$ 19 a R$ 25 precisou desembolsar R$ 48 para ir ao trabalho. Em outro caso, a corrida subiu de R$ 20 para R$ 39,98.

Por outro lado, motoristas relatam que o dobro na corrida tem lucro apenas para plataforma. Um trabalhador, que preferiu não se identificar, explica que em uma corrida R$ 49,90 o ganho do motorista é de R$ 29,94. “Eles [plataformas] lucram muito com isso, a categoria não e levamos a culpa dos altos preços”, disse.

Uber

É comum o preço dinâmico em aplicativos como Uber e 99 Pop, em dias chuvosos, horário de pico ou eventos especiais. O informativo das plataformas explica que isso acontece por aumento de demanda, número reduzido de motoristas na região.

Segundo uma das plataformas, quando o preço está dinâmico, um multiplicador para o preço normal, um preço dinâmico adicional ou um preço definido que inclui o preço dinâmico aparece na tela de ofertas. Essas informações variam conforme a cidade. “O percentual da taxa de serviço da Uber não se altera com o preço dinâmico”.