De bota a abraço dos filhos: o que os pais de Campo Grande querem na data especial?
Fecomércio espera que a data movimente R$ 245,28 milhões em Mato Grosso do Sul
Thalya Godoy –
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Entre os itens preferidos para presentear no Dia dos Pais, comemorado no dia 14 deste mês, estão os sapatos. Pelas ruas do centro de Campo Grande, os modelos citados por eles vão de bota a boot, um modelo de tênis com cano. Mas muitos pais formariam o “combo” do presente ideal.
Na pesquisa da Fecomércio MS (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) sobre as intenções de compras para o Dia dos Pais deste ano, os sapatos estão entre as principais ideias para presente.
Em primeiro lugar entre os entrevistados estão as peças de vestuário, em seguida os perfumes, acessórios, calçados, relógios e eletrônicos. Mais que a maioria (81%) deu preferência para comprar presencialmente em uma loja física.
A estimativa da Fecomércio para o Estado é que o movimento seja 5% maior em 2022 frente ao feriado do ano passado, com gasto total de R$ 245,28 milhões. Destes, R$ 152,4 milhões será direcionado em compras e R$ 92,8 milhões em comemorações.
A preferência dos pais
Mas além da intenção de compra dos filhos, o que os pais gostariam de ganhar neste ano? O Midiamax foi ao Centro de Campo Grande fazer essa pergunta.
Entre os entrevistados, muitos falaram sobre receber um abraço e beijo dos filhos, mas também surgiram ideias mais concretas para presente. Edson Goulart, de 57 anos, que mora no bairro Maria Aparecida Pedrossian e tem três filhos, com 26, 29 e 30 anos, respondeu que gostaria de ganhar um tênis de corrida, pois gosta de ir à academia.
Pai de sete filhos, Raimundo de Souza, de 67 anos, que mora no Jardim Marajoara, ficou tímido em dizer o que gostaria de receber e citou amizade e carinho, mas depois declarou que “um celular seria bom”.
Adriano Mendonça, de 47 anos, que trabalha na área de reciclagem e é pai de dois filhos com 22 e 23 anos, e uma enteada de 14 anos, falou que gostaria de ganhar uma máquina de fazer barba. “Sempre tive vontade de comprar, mas sempre esqueço”, ele recordou.
Os dois filhos moram em Várzea Grande (MT) e o pai não os vê há quatro anos. A ideia é que venham a Campo Grande no fim do ano, então outro pedido de Adriano é matar a saudade o quanto antes.
Vanderlei dos Santos, de 34 anos, é campeiro em Taboco, distrito de Corguinho, a 99 km de Campo Grande. É pai de um rapaz de 21 anos e uma menina de 12 anos, e quando o encontramos levava os nomes dos filhos nos calçados.
O campeiro afirmou que gostaria de ganhar uma bota para sair, mas que sendo um presente dos filhos já estava bom para ele. “Não tem dinheiro que pague o amor e carinho deles”, declarou.
Foi pai jovem e diz que precisou mudar a vida para cuidar da família que estava formando, mas que tudo valeu a pena diante da realização que sente hoje em dia.
A paternidade também chegou cedo na vida de Yuri Hatienzo, 18 anos. Encontramos o jovem, que mora no bairro Jardim Itália, enquanto ia para uma entrevista de emprego e empurrava o carrinho de bebê do filho de um ano de idade, pela calçada da Rua 14 de Julho.
“Antigamente eu era bem desleixado, mas hoje em dia tenho que pensar nele, que é a minha prioridade”, garantiu. Também tímido para responder a pergunta sobre o que gostaria de ganhar no dia 14, Yuri disse que deseja um tênis boot de presente.
Já na vida do gerente financeiro Rodrigo de Araújo, de 45 anos, a paternidade chegou com 32 anos de idade e hoje é pai de duas crianças de 7 e 4 anos.
“Nossa vida muda completamente com a chegada dos filhos, você não sabe como esperar, como vai ser, aquela coisinha que sempre depende de você”, ele conta sobre o sentimento de se tornar pai.
Rodrigo mora há 17 anos na Inglaterra, mas nasceu em Campo Grande e está na cidade para visitar a família que não vê há quatro anos. Para o Dia dos Pais, gostaria de ganhar um presente que lembre a Capital e que possa levar na viagem, como um quadro ou peça de artesanato.
“Mandioca amarela, por exemplo, só tem aqui, caldo de cana, coxinha, pastel…”, ele elenca sobre as comidas que sente saudade.
Na vida de Luiz Bogalho, de 67 anos, encanador e morador do bairro Jockey Club, a paternidade chegou na década de 1980. É pai de uma mulher de 41 anos e um homem de 40 anos, que lhe deram quatro netos. “A emoção é muito grande, é bom demais”, relembra o sentimento de quando a primeira filha nasceu.
“Eu gosto muito de ferramentas e essas coisas porque trabalho com encanamentos, o que me der de ferramenta já me deixa feliz”, diz ele sobre o presente que gostaria de receber.
Assim como os demais pais, Luiz também demonstra que o mais importante na data é passar o dia acompanhado e receber o carinho dos filhos. “Um abraço já estava ótimo. O maior presente é o carinho que sempre tenho. No Dia dos Pais só queria um abraço deles”, afirma.
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