Com a noite de Natal se aproximando em Campo Grande, o fluxo nos supermercados aumenta expressivamente. Seja para garantir a tradicional ceia de Natal ou o churrasco da noite, os campo-grandenses aproveitaram este sábado (24) para selecionar os últimos produtos do cardápio, mas com olhar atento nos preços.

Em um supermercado no cruzamento da rua Presidente Delfim Moreira com a rua Yokoama, o servidor Cláudio Adão, de 45 anos, estava garantindo o jantar de Natal, mas sentiu a diferença no bolso. “Será um frango assado, churrasco, salada e refrigerante. Estou gastando mais, o refrigerante que eu pagava até R$ 5, dependendo do lugar, agora você paga R$ 9”, disse ele.

Para a pesquisadora química Fabiana Pereira de Sousa, de 37 anos, o planejamento da noite será com o marido e o filho de três anos. “Estou pensando em um jantar com aves e frutas. Mas vou selecionar o que cabe no bolso, porque está tudo mais caro. Tendo em vista o aumento dos preços que a gente acompanha no dia a dia”, disse ela.

Para o administrador de empresas Fabio Bandeira, de 35 anos, o jantar será em família. E como os outros entrevistados, também sentiu o aumento nos preços.

Fila em um supermercado da Capital, ilustrativa (Foto: Marcos Ermínio / Jornal Midiamax)

“Serão umas oito pessoas. O jantar será com salpicão, chocotone e peru, a gente sempre faz assim. Cada um traz uma coisa. Mas o preço das coisas subiu, o que ficou em mais evidência foi o peru. Ano passado paguei R$ 79 e esse anos está 120. Dava pra substituir, mas como a gente gosta resolvemos manter”, disse ela.

Perspectiva de quem vende

Para o gerente de supermercado, Jerson Cunha, de 52 anos, esse comportamento de fim ano é normal. “Todo ano as pessoas deixam para última hora, sempre é assim. Na segunda, terça, quarta e quinta foi parado. Dois dias antes do natal começa o movimento. Nessa sexta e sábado (24), o aumento foi de 100% em termos de valores de venda”, disse.

O profissional também detalhou a forma que os clientes estão consumindo. “É carne pra assar, bebidas, frutas e os produtos sazonais. De 2021 para 2022, o crescimento nas vendas em dezembro foi na média de 10%. Os clientes estão comprando pouco no dinheiro vivo, é mais Pix e cartão de débito e crédito, mais crédito”, disse ele.

Estacionamento de um atacadista em Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio / Jornal Midiamax)