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Consumidor

Mesmo com corte a R$ 79, açougues dizem vender carnes nobres ‘igual água’ em Campo Grande

Alguns locais chegaram a registrar falta de picanha para o Dia dos Pais
Mariane Chianezi, Karina Campos -
Carnes em Campo Grande | Foto: Nathalia Alcânrara, Midiamax

Que o sul-mato-grossense ama uma ‘para queimar’ no não é novidade. A paixão pelo churrasco dribla qualquer crise e, apesar dos altos valores, os cortes nobres estão vendendo ‘feito água’ em .

Dos açougues em áreas mais nobres aos estabelecimentos nos bairros, a picanha e o filé mignon são peças cobiçadas. Sócio proprietário de uma casa de carnes na Avenida Júlio de Castilho, Rafael Mendes Vitório, de 33 anos, disse que vender as peças a um valor mais em conta é praticamente impossível.

“Não tem como repassar ao cliente quando compra da desossa de carne, porque sai mais caro no frigorífico. Quando vendemos o filé mignon por R$ 75 ao cliente, é porque compramos a R$ 69 no frigorífico”, explicou.

Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax
Rafael | Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax

Ele completa que existe a oferta e demanda. “Por exemplo, a fraldinha, se meu padrão de cliente é o mesmo, mantemos o preço. Se um açougue vizinho vende pouco a mesma peça, ele vai vender mais barato”, comentou.

Marcelo Sodottka, de 32 anos, relatou que a única baixa no preço das carnes nobres foi em janeiro, mas que se manteve até então. Na casa de carnes, é mantido o mesmo valor há três meses.

‘Faltou picanha’

Com valor que pode ultrapassar R$ 79, a picanha é um corte unicamente brasileiro e preferido dos apreciadores do bom churrasco. Um exemplo da preferência é o que aconteceu em um açougue localizado no Jockey Club.

O proprietário, que preferiu não se identificar, disse que as vendas dos cortes nobres estão em alta e em ocasiões especiais as vendas disparam. “No dia dos pais faltou picanha para atender todos que procuravam”, disse.

Mas o empresário diz que a venda das peças mais caras sempre dependerá do bairro em que a casa de carnes está localizada. “A venda desses cortes sempre vai depender do público e do bairro. Aqui [na região] até que tem uma boa procura”, explicou.

Açougue em Campo Grande | Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax
Açougue em Campo Grande | Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax

Baratear para vender

É exatamente o que acontece em uma casa de carnes no Bairro Santa Emília. Samuel Freitas, que tem estabelecimento há três anos, disse que já precisou reduzir o valor da peça por diversas vezes para conseguir vender.

“Principalmente o preço da picanha. O preço original chega a R$ 76, mas já cheguei a vender a R$ 59. Se mantém o preço original, chega a ficar 15 dias na câmara fria”, pontuou o comerciante.

Mas também há cortes que baratearam o preço, como da carne de porco e o fígado. Ele conta que o pernil custa R$ 10,99 e tem uma boa saída no bairro.

Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax
Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax

Leve redução

O presidente da AMAS (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados), Denyson Prado, pontuou que alguns cortes de carne tiveram redução dos valores, sendo que nos últimos dois meses houve uma leve baixa nos preços, no comparativo com o início do ano.

Ele destacou que a queda de preço ficou em aproximadamente 10% e vários supermercados já abaixaram os valores de comercialização da carne. No caso da carne de porco, o presidente da AMAS enfocou que está estável, não tendo muita movimentação no preço do quilo e se mantendo no preço de custo.

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