Pular para o conteúdo
Consumidor

Medo e ‘culpa de quem?’ dominam em revolta de consumidores sobre alta no preço do arroz em MS

Consumo em alta, produção menor e redução de oferta, além fatores climáticos influenciando: combinação infeliz para elevação de preços
Elias Luz -
Arroz ficará mais caro próxima semana. Foto: Arquivo Midiamax

Uma combinação de fatores econômicos e climáticos vem mexendo com o bolso do brasileiro, fazendo com que os gastos com alimentos se multipliquem. Essa semana, o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), que pertence à USP (Universidade de ), informou que o arroz ficará mais caro. A notícia mexeu com os sul-mato-grossenses e as discussões se acaloraram nas redes sociais.

Os comentários foram os mais diversos, mas o que predominou foi o medo evidente da população de trabalhar só para comer. Houve também leitores culpando o presidente e outros elogiando a medida em que zerou a alíquota do imposto de importação para diversos alimentos, embora não tenha incluído o arroz. Nos comentários ficaram claríssimas as preocupações da população com questões ambientais.

Certo mesmo é que, só neste mês – que ainda não acabou – o arroz ficou em 3,38% mais caro. O percentual, para apenas um produto, é alto e justifica a revolta do povo. Há pouco mais de 15 dias o valor da saca de 60 kg subiu para R$ 75 e esta semana o valor foi acrescido e, 1,72%, chegando a R$ 76,42. Entretanto, é válido ressaltar que este preço é do produtor para o atravessador. Ainda vai ter o frete para chegar aos mercados e, por fim, ao consumidor.

Além do arroz, os consumidores estão se deparando com altas históricas em praticamente todos os produtos hortifrútis. As exceções são apenas relacionadas com os produtos que estão em momento de safra e, mesmo assim, dependendo da distância até o Mato Grosso do Sul, podem chegar mais caros. No caso do arroz, os dois Estados que mais produzem no Brasil são e Santa Catarina. No entanto, outros Estados estão aumentando essa lista, como, por exemplo, Mato Grosso, Minas Gerais, Maranhão, Goiás, Tocantins, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

Em nível mundial, o Brasil é o 10° em consumo global de arroz e o 50° em consumo per capita, muito distante dos países asiáticos. Segundo dados da FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations, sigla em inglês que significa Organização para a Alimentação e Agricultura), o consumo aparente per capita de arroz beneficiado no Brasil é de, aproximadamente, 46 kg por ano.

O Brasil foi autossuficiente em arroz até 2005, porém, voltou a ser deficitário nas safras seguintes, devido a variações na produção interna. Neste cenário, surgiram e – importantes parceiros comerciais que viram no grande mercado consumidor brasileiro um destino para suas exportações.  O Brasil é o maior produtor e consumidor de arroz fora da Ásia. No mundo, o Brasil é o 10º maior produtor. Seu suprimento anual alcança, em média, 15 milhões de toneladas de arroz. O problema é que o consumo é maior do que a produção e, por ano, são importadas outras 400 mil toneladas. Em termos de estimativa, a oferta para este ano será 12% menor na produção nacional.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Síria anuncia cessar-fogo após nova onda de violência deixar dezenas de mortos

Mulher é agredida e abandonada desmaiada em hospital de MS

Trump e Bolsonaro em foto publicada por Jair em seu Twitter há algum tempo

Trump volta a defender Bolsonaro e diz que ex-presidente é uma pessoa honesta

VÍDEO: Chuva alaga ruas e água invade estação de metrô em Nova York

Notícias mais lidas agora

Sem ajuda, adolescente teria agonizado até a morte em clínica para dependentes de MS

lei da reciprocidade

Relatada por Tereza Cristina, Lei da Reciprocidade é publicada em resposta ao ‘tarifaço’ de Trump

axolote medicina cancer de mama 2

Cientistas descobrem novo superpoder de animal que vive no Bioparque Pantanal

Advogado que ‘derrubou’ pela metade salário de prefeito o desafia para um ‘duelo jurídico’

Últimas Notícias

Política

Vereadores mantêm veto parcial a programa de combate a jogos de azar e aprovam 92 projetos

Câmara Municipal de Campo Grande limpou a pauta antes do recesso parlamentar, que inicia na quarta-feira (16)

Esportes

Yuri Alberto é vetado e Corinthians fica sem os principais atacantes do time

Yuri segue se recuperando de uma fratura na vértebra e pode voltar aos campos no próximo sábado

Brasil

Bolsonaro vai ser preso? Entenda o que diz a PGR nas alegações finais na ação da trama golpista

Bolsonaro pode ficar preso por 43 anos

MidiaMAIS

39º Bon Odori será realizado no próximo mês em Campo Grande

Evento reúne cultura japonesa, música, comida e diversas outras atrações