Alimentos estão muito caros em MS? Saiba como fazer substituições de forma saudável

O corpo não deixa de adquirir os nutrientes necessários e o bolso do consumidor agradece

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Fatores climáticos e guerras do outro lado do mundo têm afetado a vida em geral nos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Esse resultado desastroso já pode ser facilmente verificado nos preços de alguns alimentos, cujo cenário é de disparada rumo ao encarecimento. Mas nem tudo está perdido porque a nutrição pode auxiliar a parte mais sensível do corpo do ser humano pós-moderno: o bolso.

Um dos produtos que mais vêm sofrendo com sucessivas elevações de preços é o trigo. Desde que a guerra entre Rússia e Ucrânia começou, o trigo ficou 46% mais caro e a tonelada do produto atingiu o valor histórico de R$ 1.960,00. A boa notícia vem da nutricionista Jéssica Alves. Ela explica que a farinha de trigo, por exemplo, pode ser substituída pela farinha de arroz, fécula de batata, farinha chia, farinha de linhaça, farelo de aveia e farinha de amêndoas.

De acordo com a nutricionista Jéssica Alves, hoje em dia receitas sem trigo são muito acessíveis, gostosas e com ampla variedade — tudo para diminuir o custo. “No caso de macarrão também encontramos o macarrão de arroz, de grão-de-bico, de feijão. Ser obrigado a diminuir o consumo de trigo pode ser algo que contribua para saúde, já que ele é um alimento mais inflamatório devido à presença da Gliadina, causando piora de diversas doenças e o surgimento de vários sintomas como enxaqueca, alergias, ansiedade, estufamento abdominal, alterações na tireoide, problemas intestinais, doença autoimune, problemas digestivos, celulite e etc.”, detalha a doutora Jéssica Alves.

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A nutricionista Jéssica Alves diz que chegou a hora de eliminar a frase “eu não gosto” | Foto: Arquivo / Midiamax

Mas no caso dos produtos hortifrútis? Há solução? Segundo a nutricionista Jéssica Alves, a resposta é “sim”. Quem gosta de repolho e alface, cujas altas de preços foram de 88% e 9%, respectivamente, pode substituir esses alimentos por acelga, couve, chicória, almeirão, agrião, que não tiveram elevação de custos. Pelo contrário, estão mais baratos. No caso da cenoura, que está 54% mais cara, a substituição pode ser feita por outros vegetais como, por exemplo, abóbora, abobrinha, chuchu, berinjela, beterraba, rabanete e nabo — todos com o preço em baixa.

As substituições não param por aí. Segundo Jéssica Alves, a batata inglesa, que está 24% mais cara, pode ser substituída pela tradicional mandioca, além do inhame e do arroz. Já o feijão, em média 5% mais caro, pode ser substituído pela lentilha, ervilha e grão-de-bico. Nas frutas como a melancia, que ficou 56% mais cara, e uva, 6% mais salgada, as substituições são vastas: melão, kiwi, abacaxi, morango, goiaba, banana, manga — todas com preços estáveis ou em queda.

Na avaliação de Jéssica Alves, chegou o momento de as pessoas perceberem quantas possibilidades existem em termos de diversificação da alimentação. “Isso sim pode ser mais desafiador, porque nos leva a mudar o paladar e ter que experimentar novos sabores de alimentos. Chegou a hora da necessidade eliminar o discurso do ‘não gosto’, ‘não como’ (sem nunca ter experimentado, na maioria das vezes), ou simplesmente por não ter o hábito e ser cômodo já criar o estereótipo do não gosto”, esmiuçou Jéssica Alves.

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