Gremista de coração, Eduardo da Rocha Borba, de 19 anos, nem se lembra da rivalidade entre torcidas na hora das vendas. Aliás, no canteiro da Avenida Afonso Pena, onde expõe camisetas, bandeiras e bonecos de time, as peças são democráticas e atendem todos os gostos. Nesta quarta-feira (19), final da Copa do Brasil, produtos do Flamengo e Corinthians são maioria no varal, mas, segundo o vendedor, a maior clientela em Campo Grande é de flamenguista. 

“Os corintianos estão deixando a desejar e as camisetas que mais tem saído são as do Flamengo. Eles são bem fortes aqui”, conta.

Com estoque preparado para a final do campeonato, às 6h30 o vendedor já estava a postos e pouco antes das 10h já havia vendido mais de 30 camisetas. “Hoje o movimento ainda está fraco, mas estou confiante que vai melhorar porque é comum o pessoal deixar para a última hora. Vou ficar aqui até a hora do jogo”, comenta. 

Com Eduardo, cada camiseta adulta é vendida a R$ 50 e a infantil sai a R$ 40. Em dias normais, ele vende de seis a 14 peças, mas o lucro já chegou a níveis que até hoje ele nem acredita. “Em 2019 na final da libertadores vendi R$ 14 mil. Nem conseguia estender as coisas no varal”, conta. 

Gaúcho, o vendedor conta que a boa margem de lucro foi motivo para que, de tempos em tempos, ele venha do Rio Grande do Sul para vender as mercadorias para torcedores de Campo Grande. “Lá trabalho como montador de eventos, mas aqui lucro mais”, comenta.

O jogo da final da Copa do Brasil, entre Flamengo e Corinthians, acontece nesta quarta-feira (19), no Maracanã, a partir das 20h45.