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Consumidor

Almoçar fora fica mais caro e empresários tentam segurar preços para manter clientes em Campo Grande

Comprar produtos básicos da alimentação ficou R$ 250 mais caro nos últimos dois anos
Priscilla Peres -
Almoço está mais caro. (Foto: Nathalia Alcântara)

A alimentação está mais cara e quem precisa almoçar fora de casa sente no bolso o peso da inflação. Levantamento sobre refeição fora de casa aponta que o preço médio de um almoço completo subiu 13% em nos últimos três anos, chegando a custar R$ 39,22 em 2022.

Em 2019, o preço médio da refeição completa, composta por prato, bebida, e café, custava R$ 34,84 em Campo Grande. Conforme o levantamento da Ticket, no o valor médio gasto em refeições fora do lar cresceu 48,3% nos últimos dez anos. Em 2013 comer fora custava cerca de R$ 27,40, o valor quase dobrou, chegando a média de R$ 40,64 em 2022.

Esse valor de aumento é sem ajuste de inflação, o que significa que com incidência da inflação o valor seria ainda maior. Só em 2021, a inflação do país fechou o ano em 10,06%, segundo o (Índice Nacional de Preços ao consumidor). Na prática, significa que os empresários estão retendo os preços e deixando de repassar para o cliente.

Segurando os preços para manter os clientes

Na Rua 15 de novembro, centro de Campo Grande, o restaurante Degraus serve almoço executivo, com direito a dois tipos de proteína, saladas variadas, suco e sobremesa por R$ 13. Nesse caso, o cliente tem o direito de se servir uma vez, e se quiser comer mais vezes, o preço sobe para R$ 25.

O restaurante é administrado pelo casal Saul Rocha Lima e Maria Aparecida, que para segurar o preço da refeição, colocaram a mão na massa literalmente. Para reduzir os custos eles decidiram desligar seis funcionários e ir os dois para a cozinha. Antes da pandemia de Covid-19 eram nove colaboradores, hoje são apenas três e é o casal quem prepara as refeições diariamente.

Restaurantes seguraram preços. (Foto: Nathalia Alcântara)

“Nós fizemos isso para conseguir manter o preço baixo que atende nossos clientes, uma margem de lucro e também o sabor da comida”, diz Saul que conta que o que subiu foi o preço do self-service, justamente, para que as pessoas não escolham essa opção. “Nossa clientela está muito adaptada ao prato executivo, que é o prato feito, mas a pessoa que se serve”.

Alimentos básicos ficaram R$ 250 mais caros

Em dois anos e meio, a em Campo Grande ficou R$ 250 mais cara, segundo levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Em janeiro de 2020, antes da pandemia, comprar a cesta de alimentos custava R$ 458, o equivalente a 47,9% do salário mínimo líquido.

Passados dois anos e meio e com uma pandemia de Covid-19, para comprar os mesmos itens o consumidor de Campo Grande precisa desembolsar R$ 707, o equivalente a 63,06% do salário mínimo líquido. Se antes ele precisava trabalhar 96 horas para adquirir os produtos, agora o tempo de trabalho para comprar os itens básicos, chega a 128 horas.

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