Um dos principais alimentos na mesa do brasileiro, o arroz tem chamado a atenção do devido à alta nos preços. Em Mato Grosso do Sul, um pacote com 5 kg de arroz chega a custar R$ 25 em supermercados atacadistas e a situação não deve mudar tão cedo. De acordo com a associação dos supermercados, os preços devem continuar nas alturas pelo menos até novembro. 

O presidente da AMAS (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados), Edmilson Verati, afirma que o setor está preocupado e que os preços não devem baixar tão cedo. Segundo ele, mesmo com a alíquota do imposto de importação para o arroz em casca reduzida a zero, ainda não há garantia de que os preços podem cair. 

“Com a importação, ninguém afirmou que o preço vai cair. Vai ser importado em dólar, da , Estados Unidos, qual o preço que isso vai chegar no Brasil? Mais barato que o arroz brasileiro? Eu não acredito. Não criar uma expectativa de que no final de novembro o arroz vai chegar e baixar [o preço]”, diz. 

Verati ressalta que os supermercados não estão repassando um aumento de preços indevidos para o consumidor. Segundo ele, os estabelecimentos têm tentando manter o preço no menor valor possível, diante das circunstâncias. Ele explica que a alta no preço do arroz é resultado de uma conjuntura. 

“Aconteceu um movimento natural do mercado livre. Devido ao dólar, os produtores resolveram exportar em vez de deixar no mercado interno. Isso é livre mercado, oferta e demanda. Mas estamos preocupados, quanto mais caro o produto, menor o consumo. Vai interferir no nosso resultado, vai interferir na mesa do brasileiro, principalmente famílias mais carentes. É uma preocupação de todos”.

‘Batidas' do Procon nos supermercados

O Procon Estadual tem feito ‘batidas' nos supermercados e cobrado justificativas dos estabelecimentos a respeito da alta nos preços dos alimentos em Mato Grosso do Sul. Porém, o presidente da AMAS demonstra insatisfação com a atuação do órgão de defesa do consumidor. 

“O Procon sabe o que está acontecendo, ele foi informado sobre o aumento de preços. Foram entregues notas fiscais, por que notificar o comércio?”, questiona Verati. 

O superintendente do Procon, Marcelo Salomão disse que aguarda o prazo para que os atacadistas apresentem justificativas sobre o aumento dos preços dos alimentos.