A comodidade de comprar e receber na porta de casa calhou aos moradores durante os dias de em . A praticidade do e-commerce, compras pela internet, bombou e segundo pesquisa, somente no Centro-Oeste entre março e agosto as vendas cresceram 98,9%.

De acordo com dados do MCC-ENET, desenvolvido pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, em parceria com o movimento Compre&Confie, as vendas do setor dobraram neste ano e alta chegou a bater 110%.

Um dos maiores fatores para atrair os consumidores é encontrar valores mais em conta e não precisar sair de casa, medida necessária durante a pandemia da , o novo coronavírus. Essas duas características foram o que fez com que a estudante Giovana Nascimento comprasse ainda mais no e-commerce.

“Eu já tinha esse costume de comprar pela internet, principalmente cosméticos. Mas com a pandemia, começou a ter muita oferta de vários seguimentos e passei a comprar até livros, objetos de decoração e utensílios”, disse a jovem. Giovana diz que apesar de precisar esperar até o produto chegar, o período de aguardo vale a pena devido às promoções.

“A única parte ruim é precisar esperar uns bons dias até que chegue, mas no final é até mais vantajoso porque encontramos promoções que mesmo pagando o frete, sai mais barato do que comprar em uma loja física. E a expectativa de esperar o produto deixa a compra mais emocionante”, comentou a estudante.

Comprar pela internet passou a ser uma nova realidade até para aqueles que nem imaginavam o que era um e-commerce. A revendedora de produtos de beleza, Maria Margarete Arruda, de 51 anos, já aciona o filho para comprar em sites quando se interessa por alguma coisa.

“No começo do coronavírus eu queria um jogo de assadeiras que deveria vender lá para o Centro, mas o pessoal não queria deixar eu ir ou não queriam ir por lá para poder comprar. Aí meu filho me chamou no computador e eu escolhi um jogo [de assadeiras] que até era mais barato do que eu imaginava. Agora quando preciso de alguma coisa já peço para ele olhar para mim. Sou revendedora [de cosméticos] também e já estou aprendendo a eu mesma fazer os pedidos”, disse.

Prazo maior na entrega

Com o aumento da demanda no e-commerce, os prazos de entrega também aumentaram. O estudo da MCC-ENET mostrou que 69% dos consumidores notaram prazos mais elásticos, mas 57% consideram aceitável esse aumento. Somente 11% dos consumidores deixaram de comprar online devido ao prazo de entrega.

Giovana disse que não teve nenhum problema com as entregas dos produtos adquiridos até agora, nem com a entrega e nem com os produtos em si. “Já teve produto que demorou mais que o previsto para chegar, mas veio certinho. Quando a gente vê '20 dias úteis' nas estimativa, assusta, mas faz parte, né. A demanda do mercado deve estar enorme mesmo”, disse.