Pular para o conteúdo
Consumidor

Edital de MS termina sem encontrar mais clientes enganados por produto ‘milagroso’ que cura alcoolismo

O edital lançado pela 1ª Vara de Direitos Difusos Coletivos e Individuais Homogêneos encerrou prazo sem encontrar consumidores que se sentiram enganados pela compra do suplemento “Nico Drink”, que prometia a cura do alcoolismo e tabagismo. O período para se manifestar nos autos através de advogado ou defensor público terminou no último dia 3 de […]
Arquivo -

O edital lançado pela 1ª Vara de Direitos Difusos Coletivos e Individuais Homogêneos encerrou prazo sem encontrar consumidores que se sentiram enganados pela compra do suplemento “Nico Drink”, que prometia a do e . O período para se manifestar nos autos através de advogado ou defensor público terminou no último dia 3 de outubro.

O juiz Ariovaldo Nantes Corrêa abriu edital no dia 3 de setembro, com validade de 30 dias,  para que interessados pudessem se juntar com o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) como coautores da ação.

Apesar de não encontrar nenhum interessado, o edital não será prorrogado e a ação continua em curso.

Ação de R$ 74 milhões

Ação civil coletiva de R$ 74 milhões tramita no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul contra a venda de um produto ‘milagroso’ que promete curar pessoas do tabagismo e alcoolismo.

O MPMS pediu o pagamento de danos coletivos morais no valor de R$ 2 milhões e indenização por danos morais de R$ 5 mil a cada cliente que se manifestar no processo, alegando ter sido lesado pela empresa, além da restituição aos consumidores prejudicados.

Decisão liminar do juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, no dia 13 de agosto, determinou a suspensão da veiculação de anúncios do produto ‘Nico Drink’, da HM7 Comércio de Suplementos LTDA.

Após a publicação do edital, não houve mais movimentação na Justiça.

nico drink
Trecho de anúncio da Nico Drink mostra imagem preto e branco de homem com uma garrafa de bebida e um copo

Reclamações

Conforme os autos, seis moradores de Mato Grosso do Sul foram ouvidos pela Justiça. Um deles, morador em , afirmou que pagou R$ 772 em frascos do produto após ver anúncio na TV. Ele alegou que comprou a substância para o irmão, que sofre há anos de alcoolismo, mas que o tratamento não ajudou em nada e ele continua no vício.

Na página oficial do produto no Facebook, é possível visualizar várias reclamações sobre o ‘Nico Drink’. Uma das clientes insatisfeitas é Rozima Soares, que alega ter adquirido 5 frascos. “O quinto vidro não pago mais, porque não serviu de nada, é só propaganda e enrolação”.

É a mesma situação detalhada por Hilda Silva, que comprou para o filho. “O meu filho está tomando este remédio, mas não adianta nada. Eu vou denunciar esta propaganda enganosa”, reclamou.

A série de relatos de clientes insatisfeitos que alegam terem sido enganados continua.

A reportagem tentou acessar o site oficial da empresa (https://www.hm7suplementos.com.br), porém a página estava fora do ar.

nico drink
Anúncio também mostra uma família feliz, trecho citado na decisão do juiz. (Imagem: Reprodução)

Propaganda enganosa

Ao ordenar que qualquer anúncio veiculado do produto seja suspenso, o juiz alega que os consumidores são levados ao erro pela propagando do suplemento. “Com promessa de cura do alcoolismo e do tabagismo, pois não obtiveram qualquer resultado na utilização do produto “Nico Drink”, sendo que foi oportunizado à requerida que demonstrasse, por meios científicos, a eficácia do mencionado produto para os fins alegados e ela se limitou a sustentar que a eficiência poderia ser comprovada por intermédio de seus clientes satisfeitos”, consta em trecho da decisão.

Ainda conforme o magistrado, “a publicidade televisiva é em preto e branco e mostra pessoas tristes em razão da situação vivenciada. De repente, com a apresentação do “Nico Drink”, a imagem se torna colorida e mostra uma família feliz e aparentemente livre de todos os problemas, inclusive do alcoolismo e do tabagismo”.

Isso, segundo o juiz “incorre em inegável venda emocional em desfavor de consumidor hipervulnerável, incidindo, destarte, em prática abusiva”, alega.

nico drink
Produto é vendido por R$ 172,50 no site da HM7. (Imagem: Reprodução)

Defesa

Manifestação da defesa da empresa, que é sediada em Sorocaba, interior de , alega que não houve propaganda enganosa, “pois o Nico Drink havia sido anunciado como suplemento vitamínico e não como medicamento”. Ainda, a defesa alega que existem vários relatos de clientes satisfeitos, atestando que o produto funciona.

A reportagem entrou em contato com os advogados responsáveis pela HM7, mas não obteve retorno dos questionamentos.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Residência de idoso é alvo de incêndio no interior de MS

Esposa teria ajudado detento a fugir do presídio em Campo Grande

Homem tenta se defender de cachorro, mas acaba sendo esfaqueado no Los Angeles

Alunos da Reme realizam testes de Matemática e Ciências em 2º dia de aplicação do SAEB

Notícias mais lidas agora

MPMS gastou R$ 496 mil com concurso para promotor com 100% dos candidatos reprovados

pcms santa casa

Cirurgião-dentista morreu após cair do 6º andar da Santa Casa, diz polícia

Quatro aparelhos e 50 chips são apreendidos com grupo que clonou celular de Riedel

Festival abre vagas para oficina gratuita de Cinema em Bonito (Divulgação, Bonito CineSur)

Festival abre vagas para oficina gratuita de Iniciação ao Cinema em Bonito 

Últimas Notícias

Trânsito

VÍDEO: traficante colide carro contra caminhão durante perseguição em MS

Ele foi preso em flagrante com 700 quilos de maconha e skunk

Esportes

Ancelotti demonstra confiança antes de estreia no comando da seleção

Um dia antes do jogo contra o Equador pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo

Polícia

Preso por estupro que fugiu da cadeia em Campo Grande é recapturado

Esposa dele o esperava do lado de fora com uma motocicleta

Economia

Dólar fecha em leve alta na contramão do exterior com fiscal no radar

Operadores atribuíram a falta de fôlego do real ao menor otimismo em torno das medidas