A ‘tradicional’ compra dos materiais escolares já começa a bater na porta dos pais e, para muitos, a época é considerada a de maiores gastos nos lares. Com o objetivo de orientar os moradores a comprar somente o necessário, o Procon (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor) elaborou dicas.

Muitas vezes os pais se deparam com pedidos de materiais que nem se enquadram nas necessidades dos alunos nas aulas. Com isso, devem tomar cuidado tanto como os preços quanto se há a obrigação de comprar alguns objetos solicitados na lista.

De acordo com o Procon, os materiais que não sejam para o uso do aluno ou que sejam para o uso de escritório de administração ou secretarias das escolas não podem ser exigidas dos pais, pois esses materiais são incluídos no preço para estabelecer a mensalidade das escolas.

O órgão ainda diz que, as escolas particulares, além de ter que disponibilizar a lista dos materiais, deverão mostrar um plano específico para qual a finalidade deles para cada série.

Entre os itens proibidos de constar na lista estão materiais de expediente de escritório específicos para atividade administrativa escolar ou de uso genérico como é o caso de álcool, giz, grampeador, clips, pasta suspensa, tinta para impressora verniz, corretor e algodão, exceto se for para uso individual do aluno na atividade didático-pedagógica.

“É muito importante que os pais se preocupem, também, em verificar se não há abuso na relação de material solicitado pela escola e não só nos preços dos produtos a serem adquiridos. Qualquer anormalidade deve ser denunciada ao órgão fiscalizador”, disse o superintendente do Procon, Marcelo Salomão.

Oito dicas para economizar

Para ajudar os consumidores a economizar na hora de comprar, o doutor em educação financeira e apresentador do canal ‘Dinheiro à Vista’, Reinaldo Domingos listou oito dicas para auxiliar.

“Para começar sempre recomendo que pensem o quanto precisam trabalhar para conseguir o seu salário. A partir daí, fica fácil valorizar esse dinheiro, aprendendo a pesquisar preço e, principalmente, a negociar os valores das compras”, disse Domingos.

O consumidor deve primeiramente fazer um diagnóstico da vida financeira para saber exatamente quais são os ganhos e gastos mensais, além de quanto poderá dispor para comprar os materiais.

1 – Essa despesa é recorrente, ou seja, precisa fazer parte do planejamento anual. Para que os gastos não fiquem muito pesados em janeiro, é válido poupar durante todo o ano para conseguir fazer os pagamentos à vista e obter bons descontos;

2 – Antes ir às compras, a família pode analisar itens do ano passado e selecionar tudo o que pode ser usado novamente este ano, como tesoura, régua e mochila, por exemplo;

3 – No caso dos livros, vale a pena procurar pais de alunos mais velhos para emprestar ou comprar por um preço mais acessível, se estiverem em boas condições de uso;

4 – Algo interessante é reunir alguns pais e comprar itens em atacado, como caixas de lápis, cadernos e agendas;

5 – A partir daí, é preciso fazer muitas pesquisas e traçar um orçamento para ter noção do gasto total;

6 – Não é preciso necessariamente comprar todos os itens na mesma loja, mas se for fazer é válido pedir descontos;

7 – No dia das compras, converse com o(s) filho(s) sobre o orçamento, para que não corram o risco de se deixar levar pelo impulso e gastar mais do que o planejado;

8 – O ideal é sempre fazer os pagamentos à vista, mas se não for possível, opte por poucas parcelas que caibam no bolso, para não comprometer as finanças de 2017 por vários meses.