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Consumidor

Com o preço nas alturas, etanol encalha nos postos de Campo Grande

Os altos preços da gasolina são motivos de reclamações entre os campo-grandenses em geral, mas em comparação, o etanol oferece uma desvantagem ainda maior. A alta no preço reflete no comportamento dos consumidores, houve uma queda de 22% no consumo do etanol.
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Os altos preços dos combustíveis são motivo de constantes reclamações entre os campo-grandenses. E o vem surpreendendo o consumidor. Em abril, o preço do litro chegou a R$ 3,99 em , segundo levantamento divulgado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). E o resultado é sentido nas bombas: o consumo caiu 22% e os estoques sobram. De acordo com o Sinpetro, nos três primeiros meses de 2018, apenas 7% do comercializado foi etanol.

Segundo fontes do setor, o consumo do etanol despencou desde a implantação da nova política de preços da Petrobras. “Houve redução devido ao fator do preço da gasolina que com a nova política de preços, com aumentos diários implantada pela Petrobras, o que impossibilita uma melhor competitividade entre os dois produtos”, afirma o gerente executivo do Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul), Edson Lazaroto.

No levantamento de postos de combustível feito pela ANP , o etanol chegou a custar até R$ 3,99. O valor se aproxima ao da gasolina, que foi vendida por um preço médio de R$ 4,02 em abril. A gasolina representou 65% da venda e o diesel 28%. A representante de um posto de combustível no centro da Capital afirma que a gasolina é maioria nas vendas, com 80% de total, contra 10% de diesel, 5% de gasolina grid e 5% de etanol. “Tivemos uma queda no consumo do etanol sim, estamos enfrentando uma guerra de preço entre alguns postos, elevou muito e só agora começa a baixar o preço”, afirma Berta dos Santos.

Abastecer com o combustível é considerado economicamente vantajoso quando seu preço for até 70% do da gasolina. O publicitário Daniel Almeida conta que nem considera trocar a gasolina pelo etanol. “Com um preço destes nem dá para considerar. A gasolina está cara, mas o álcool está pior, não compensa. Faz mais de um ano que não utilizo”, afirma. O frentista Guilherme Acosta trabalha em um posto de combustível na avenida Afonso Pena e também percebeu a mudança no consumo. “Olha, até tem quem utilize etanol, mas são carros mais novos e modernos. O consumidor padrão prefere a gasolina, já nem pergunta se tem vantagem”.

A ANP informa que não regula ou fiscaliza os preços dos combustíveis e que os levantamentos têm o objetivo de ajudar o consumidor a buscar melhores opções de compra. “Há um regime de liberdade de preços em toda a cadeia de produção, distribuição e revenda de combustíveis e derivados de petróleo. Assim, não há qualquer tipo de tabelamento de preços, nem fixação de valores máximos e mínimos ou exigência de autorização oficial prévia para reajustes de preços dos combustíveis em qualquer etapa da comercialização”.

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