Alta na conta de luz pode gerar desemprego e queda na produção, alerta Procon

Além do tarifaço, em abril haverá reajuste anual

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Além do tarifaço, em abril haverá reajuste anual

Além do custo ao consumidor, o impacto para as indústrias do aumento na tarifa de energia elétrica, que vai ficar em 31,27%, traz preocupação para o setor. Segundo o Procon, pode haver diminuição na produção e possíveis demissões como forma de conter gastos.

“Nossa preocupação agora é com a economia, porque ainda não sabemos quanto irá custar o kilowatt. Depois da revisão extraordinária, ainda temos a revisão anual da concessionária de energia, e ainda não temos previsão de quanto vai ser este aumento”, explica Rosimeire Cecília da Costa, superintendente do Procon. O próximo reajuste, feito anualmente, está previsto para abril.

Agora, o Concen (Conselho dos Consumidores de Energia Elétrica de Mato Grosso do Sul), da qual a dirigente do Procon também é presidente, deve fazer reuniões para estudar os impactos que o aumento anual deve ter no bolso dos consumidores residenciais. Atualmente, eles representam 70% dos clientes da concessionária de energia elétrica, a Energisa.

“O aumento residencial vai ficar em 26,69% e, com mais os 15% de bandeira tarifária, a conta deve ficar mais cara em torno de 50%, por isso, o jeito agora é economizar”, diz Rosimeire. Ela ainda fala em campanhas educativas informando o consumidor sobre gastos da energia elétrica.

Ainda de acordo com Rosimeire foi pedido que, para 2016, as regiões Norte e Nordeste também façam parte do rateio da conta CDE (Conta de Desenvolvimento Energético). “Não podemos ficar financiando a energia do norte e nordeste, a realidade hoje já é outra”, fala a superintendente.  

O aumento da RTE (Revisão Tarifária Extraordinária) foi anunciado nessa sexta-feira (27) pela Anaeel (Agência Nacional de Energia Elétrica), onde os R$ 25 milhões necessários para manutenção dos programas sociais e compra de combustíveis para as termo elétricas será rateado entra as regiões Sul, Sudeste, e Centro-Oeste, ficando de fora Norte e Nordeste, que não fazem parte do CDE (Conta de Desenvolvimento Energético).

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