Procon de Corumbá registra aumento de mais de 300% em atendimentos

Nos seis primeiros meses deste ano, a Gerência Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor de Corumbá (Procon) registrou aumento de 357,29% nos atendimentos em relação ao mesmo período de 2010. No ano passado, no mesmo espaço de tempo, o órgão registrou apenas 192 reclamações. Neste primeiro semestre de 2011, o número saltou para 686 […]

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Nos seis primeiros meses deste ano, a Gerência Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor de Corumbá (Procon) registrou aumento de 357,29% nos atendimentos em relação ao mesmo período de 2010. No ano passado, no mesmo espaço de tempo, o órgão registrou apenas 192 reclamações. Neste primeiro semestre de 2011, o número saltou para 686 atendimentos.

“O papel do Procon está sendo mais esclarecido e, consequentemente, mais procurado pela sociedade. O principal objetivo do órgão é levar ao conhecimento dos consumidores, esclarecimentos sobre seus direitos. O cidadão mais informado, usufrui com maior benefício de sua cidadania. O consumidor está buscando mais informações sobre seus direitos, ele não está passivo quando se sente lesado”, afirmou ao Diário, o advogado Alexandre Carmo Taques Vasconcelos, gerente do Procon.

Ele ressaltou que a elevação do número de atendimentos, se deve à credibilidade que o órgão adquiriu junto à população. “A elevação de atendimentos, se deve pela credibilidade que o Procon tem conquistado. Conseguimos elevar também o número de acordos e percebemos que as empresas estão ponderando mais e passaram a ter um grande respeito pelo órgão. Outra questão que fez com que o Procon ganhasse essa amplitude, é que agimos de forma coletiva, para prevenir outros consumidores dos mesmos problemas que são apresentados pela minoria”, argumentou.

Ainda neste ano, o advogado Alexandre Vasconcelos anunciou que o Procon trará uma nova arma de apoio para a população. O órgão realizou uma pesquisa entre as principais reclamações decorrentes do comércio local e elaborou uma listagem das empresas que mais recebem reclamações. “Essa lista que iremos divulgar das empresas que mais sofrem reclamações no município é uma forma de precavermos o consumidor e de alertar as empresas, para que se adaptem às normativas de atendimento e relação com seus clientes”, adiantou ao Diário.

De acordo com o órgão, só foi possível divulgar no momento, as áreas de atuação das campeãs de reclamação na cidade, são elas: empresas telefônicas; concessionária de energia; concessionária de água; bancos; operadoras de cartão de crédito e telefonia móvel.

“As últimas reclamações recebidas com grande volume, são em relação a consórcios que os clientes fazem e mesmo depois de quitarem a dívida, acabam por não receber o produto. Esse é um dos novos casos recebidos pelo órgão. Outra reclamação que recebemos com frequência, é em relação ao direito de troca do produto. Os consumidores adquirem o produto, ele apresenta defeito, vai para manutenção, lá permanece por mais de 30 dias, o que não pode ocorrer, logo, o produto volta para o consumidor e apresenta o mesmo defeito. Alertamos, que é direito do consumidor ter a substituição do produto, abatimento do preço proporcionalmente, ou a devolução do dinheiro monetariamente corrigido”, ressaltou o gerente.

O Procon atende na rua 15 de Novembro, 400, Centro de Corumbá, na Casa da Cidadania. Uma equipe composta por onze servidores está à disposição da população das 07h30 às 17 horas, sem intervalo de almoço. Os consumidores também podem recorrer aos telefones 3907-5431 e 3907-5332 para esclarecer qualquer dúvida.

Consumidores relatam ter resolvido problemas com interferência do Procon

Para acompanhar os trabalhos realizados pela Gerência Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor de Corumbá (Procon), este Diário entrou em contato com dois consumidores que tiveram seus problemas resolvidos com a interferência do órgão. A primeira cliente foi Benedita Pereira da Silva, 48 anos, ela recebeu uma cobrança indevida de uma empresa de telefonia móvel e na terça-feira, 05 de julho, teve o problema resolvido. O segundo cliente entrevistado foi Nelson da Silva, que teve há algum tempo, pendência com telefonia móvel resolvido e agora, segue com um grande impasse com a empresa fornecedora de energia elétrica.

Benedita relatou que há alguns meses, solicitou uma linha telefônica, porém, depois de algum tempo, cancelou. No último mês, chegou à sua residência cobrança pela utilização da linha. Ela decidiu levar o caso para o Procon. “Paguei todas as contas e pedi o cancelamento, só que no mês passado chegaram duas cobranças em um valor alto e eu entrei em contato com a empresa e eles disseram que não podiam fazer nada. Fiquei revoltada, pois paguei todas as contas e não havia utilizado o serviço. Eu não devia pagar nada, então decidi recorrer ao Procon, pois me disseram que eles poderiam ajudar. Procurei o órgão na semana passada e na terça-feira, representantes da empresa me ligaram, dizendo que a cobrança foi indevida e suspensa. Acredito que a resolução foi rápida porque eu contei com o auxílio do Procon, pois se não fosse isso, com certeza, hoje meu nome estaria incluído na lista de mau pagador”, disse.

Nelson teve um caso parecido com o de Benedita resolvido, também com a interferência do Procon, porém, o que ele tenta resolver agora, é bem mais grave e já dura cinco anos. “Eu tenho uma casa no bairro Popular Nova que está desocupada e o problema é em relação ao serviço de luz. A empresa interrompeu o uso de energia na casa, isso cinco anos atrás. Eles me passaram um valor, que eu paguei e pensei que o serviço estivesse interrompido. Fui morar em outra cidade e quando voltei, não encontrei mais a fiação elétrica no local, nem o medidor. Os vizinhos me disseram que representantes da empresa, foram até o local e levaram tudo, sem me consultar, pois disseram que eu havia sido multado por roubo de energia, sendo que não havia ninguém no local. Há alguns dias, chegou uma cobrança de uma leitura realizada recentemente na casa, apontando conta de R$ 490. Como houve leitura, se nem há padrão no local? Foi um grande absurdo”, disse indignado o consumidor. Devido ao valor acusado de débito pela empresa, o consumidor está com restrições em seu nome, o que já lhe causou constrangimentos. “A empresa aponta que tenho essa dívida, sendo que nem consumi esse produto, pois não há medidor no local, nem pessoas morando. Há algum tempo, fui realizar uma compra e tive a notícia de que meu nome estava incluso no órgão de restrições de crédito. Foi uma situação muito constrangedora e humilhante, coisa que não desejo a ninguém. Sempre paguei minhas contas em dia e passar por isso, eu não merecia. Espero que o Procon resolva meu problema o mais rápido possível, pois isso é humilhante”, concluiu o consumidor.

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