Pular para o conteúdo
Cotidiano

Vigilantes rebatem nota do sindicato e afirmam falta de transparência em relação aos descontos anuais 

O Seesvig/MS divulgou nota acusando a categoria de disseminar ‘fake news’ nas redes sociais
Idaicy Solano, Schimene Weber -
prefeitura
Vigilantes procuraram o Jornal Midiamax para rebater a nota divulgada pelo Seesvig/MS (Ilustrativa/Arquivo)

Vigilantes procuraram o Jornal Midiamax para rebater a nota divulgada pelo Seesvig/MS (Sindicato dos Empregados em Empresas de Segurança e Vigilância), em que o sindicato acusa a categoria de disseminar ‘fake news’ sobre prazo para exercer o direito de oposição à contribuição assistencial. 

Clique aqui para seguir o Jornal Midiamax no Instagram

À reportagem, trabalhadores afirmaram falta de transparência em relação aos prazos para enviarem carta de oposição aos descontos anuais e comportamento persuasivo e abusivo por parte da presidência do sindicato. 

Membro do sindicato, que pediu para ter a identidade preservada por medo de represálias, afirmou à reportagem que os vigilantes não sindicalizados foram pegos de surpresa no final do ano por uma cobrança de R$ 236, enquanto os filiados precisaram pagar a taxa de R$ 75, que não havia sido comunicada previamente à categoria. 

“Vale salientar que até quem é filiado ao mesmo sindicato, ao qual contribui mês a mês, foi pego de surpresa, pois além do desconto mensal também foi cobrado mais uma parcela de R$ 75, ou seja, [foi cobrado] R$ 65 da contribuição mensal mais R$ 75 do anual”.

O sindicalizado também denuncia que o presidente “não tem a mínima compostura, decoro e respeito para com os vigilantes”, e afirma que o presidente, por diversas vezes, utilizou de sua posição para intimidar, humilhar e usar palavras de baixo calão com os sindicalizados. 

“Basta o vigilante falar que quer se desfiliar ou que não concorda com o desconto anual sindical que automaticamente você se torna um ’parasita’, é tachado de ‘sanguessuga da categoria’ ou puxa saco de patrão”, detalha o homem. 

Apesar da orientação emitida em nota ser de que os trabalhadores devem procurar o sindicato para tirarem suas dúvidas, o vigilante afirma que “posso dizer com todas as letras: se o vigilante tentar buscar informações referente ao desconto junto ao sindicato, imediatamente ele é refutado com ofensas e grosserias por parte do presidente em exercício”, diz. 

Outro vigilante, que também terá a identidade preservada, afirmou que falta transparência em relação aos prazos para o recebimento das cartas de oposição ao desconto sindical anual. 

Ele explica que não é associado e foi pego de surpresa com o desconto anual, que equivale a 10% do salário, porque o sindicato não informou o prazo para encaminhar a carta de oposição. 

“Já se passaram quase duas semanas e continuam falando a mesma coisa e também se negando a receber as cartas de oposição pelo correio. Ano passado muitos vigilantes foram pegos de surpresa no fim do ano, pois não informaram o prazo para oposição assim como está acontecendo agora. Parece que estão enrolando para que novamente os profissionais percam o prazo”, reclama o vigilante. 

Sindicato acusa vigilantes de ‘fake news’ 

O Seesvig/MS (Sindicato dos Empregados em Empresas de Segurança e Vigilância) divulgou uma nota oficial, onde alega que as afirmações feitas pela categoria são falsas e estão sendo disseminadas em redes sociais de maneira irresponsável e de má-fé.

O presidente do sindicato, Celso Adriano Gomes da Rocha, de 44 anos, afirma que recentemente “foi espalhada a inverdade de que o prazo para exercer o Direito de oposição à Contribuição assistencial já teria iniciado e que os trabalhadores teriam apenas nove dias para exercer seu direito”. Conforme o representante, isso não é verdade. A informação não procede porque, conforme o presidente, “o prazo sequer iniciou sua contagem”.

Sobre as acusações de comportamento persuasivo e abusivo, o presidente declarou que “nosso maior patrimônio e os nossos associados. Ser e não [associado] ser é um direito. Quanto presidente, cumpro com meu papel e trato todos com ética e respeito. Quanto pessoa dou o tratamento que recebo”.

Acordo aguarda homologação 

Novamente procurado pela reportagem, o presidente disse que o sindicato está no aguardo pela homologação da convenção coletiva junto ao Ministério do Trabalho, e que foi informado que o mesmo está na fila para análise. “O sindicato permanece aguardando a liberação oficial para, em seguida, publicar o edital com os prazos legais de oposição”.

Asim disso, Celso destacou que o valor de R$ 236,00 corresponde à contribuição aprovada em Assembleia Geral da categoria, em que ficou deliberado que os associados contribuiriam com um dia de salário, enquanto os não associados seriam responsáveis por 10% do salário da categoria à época. A contribuição é destinada à manutenção da entidade sindical e das negociações coletivas, segundo o presidente. 

“Reiteramos que não há qualquer irregularidade ou atraso de nossa parte: seguimos aguardando o trâmite legal com total transparência”, destacou Celso. 

O sindicato também afirmou que nenhum trabalhador será “privado de qualquer direito, e que o sindicato segue aberto ao diálogo, ao acolhimento de oposições dentro dos prazos legais e ao cumprimento rigoroso das normas previstas na Convenção Coletiva e no Estatuto da entidade”. 

💬 Fale com os jornalistas do Midiamax

Tem alguma denúncia, flagrante, reclamação ou sugestão de pauta para o Jornal Midiamax?

🗣️ Envie direto para nossos jornalistas pelo WhatsApp (67) 99207-4330. O sigilo está garantido na lei.

✅ Clique no nome de qualquer uma das plataformas abaixo para nos encontrar nas redes sociais:
Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, WhatsApp, Bluesky e Threads.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

PGR denuncia Waldir Neves pela segunda vez por lavagem de dinheiro

Putin diz estar pronto para negociar; Papa Leão XIV se oferece para sediar diálogo

Feirão Funtrab

Feirão de empregos oferta 92 vagas com chance de contratação imediata nesta terça-feira

Empresa de toldos some do dia para a noite e dá ‘calote’ em funcionários

Notícias mais lidas agora

Consórcio Guaicurus pede multa milionária ao município por ‘atraso’ no reajuste da tarifa

PGR denuncia Waldir Neves pela segunda vez por lavagem de dinheiro

superlotação janine cpi

Ex-prestador de serviços do Consórcio Guaicurus, Janine nega superlotação de ônibus

gripe aviaria

Gripe aviária: Governo descarta 3 casos suspeitos; outros 4 ainda estão em investigação

Últimas Notícias

Transparência

Concessão bilionária terá que resolver trechos urbanos, considerados os mais perigosos da BR-163

Trechos que ‘cortam’ cidades concentram acidentes na BR-163 em MS

Cotidiano

Com 118 mortes, Campo Grande passa de 1,3 mil casos de doenças respiratórias

O sequenciamento mostra que 42 mortes estão ligadas à influenza A

Polícia

Motorista da ‘Carreta da Alegria’ que transporta criança em Caarapó estava bêbado

O teste de embiaguez do motorista deu como resultado 0,43 mg/l

Famosos

Ana Hickmann se casa com Edu Guedes em cerimônia discreta

Ana Hickmann revelou que já está casada com Edu Guedes; saiba detalhes da cerimônia discreta que os pombinhos realizaram