Snus: Vigilância afirma que substância apreendida em MS é 6,5 vezes mais prejudicial que cigarro

Primeira apreensão nacional de Snus foi realizada em Campo Grande e agora está sob investigação da Polícia Federal

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Vigilância Sanitária encaminhou apreensão sob escolta até a PF (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Na tarde desta segunda-feira (13), cerca de 2.260 sachês do produto conhecido como Snus foram encaminhados pela Vigilância Sanitária para a Superintendência da Polícia Federal (PF), em Campo Grande, após a primeira apreensão nacional dessa substância.

O material, proibido no Brasil pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), foi interceptado em uma operação conjunta com a Secretaria de Estado de Saúde, Secretaria de Fazenda e Correios, e contou com escolta da Polícia Militar e Guarda Municipal.

O fiscal da Vigilância Sanitária, Matheus Pirolo, explicou que a operação foi resultado do sistema de raio X dos Correios, que identificou a mercadoria de procedência estrangeira.

“Os Correios detectaram algo estranho, aparentemente vindo da Suécia, e acionaram a SES para averiguar. O produto estava sendo postado em Campo Grande com destino ao Rio Grande do Sul. Agora, cabe à Polícia Federal investigar a autoria e o percurso dessa remessa.”

O que é o Snus

Derivado de nicotina sintética, o Snus contém 6,5 mg de nicotina por sachê — uma quantidade 6,5 vezes maior do que a absorvida ao fumar um cigarro comum. “O consumo desse produto pode causar graves complicações à saúde, incluindo cânceres de boca, laringe, estômago e pâncreas, além de doenças gengivais e problemas psicológicos, como ansiedade e depressão”, explicou Pirolo.

Além dos sachês, cápsulas de fitoterápicos falsificados contendo medicamentos alopáticos tóxicos, como ibuprofeno e corticoides, também foram apreendidas, aumentando as preocupações com produtos adulterados adquiridos pela internet. “Dados de 2014 mostram que mais de 50% dos produtos de interesse da saúde comprados online são ilícitos ou prejudiciais. É fundamental que as pessoas tenham cuidado”, alertou o fiscal.

Investigações

Os sachês apreendidos serão submetidos a exames toxicológicos pela Polícia Federal, que irá determinar a presença de substâncias proibidas conforme a Portaria 344/1998 do Ministério da Saúde. Caso confirmada, o caso poderá ser enquadrado como tráfico de drogas.

“Se o exame toxicológico detectar substâncias entorpecentes ou psicotrópicas proibidas, o responsável pela importação ou distribuição responderá por tráfico de drogas. Caso contrário, seria tratado como contrabando”, esclareceu Pirolo.

Ainda segundo o fiscal, essa apreensão é inédita no Brasil. “É a primeira vez que esse material é apreendido no território nacional. Por isso, todo esse cuidado e esquema de segurança, devido à grande repercussão e curiosidade pública.”

A população pode contribuir com denúncias por meio dos telefones 136 ou 151.

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