VÍDEO: Oito meses após liberação de tritrem, trecho da MS-450 é tomado por buracos

Agesul afirma que está ciente dos danos e tem realizado manutenções na via

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Carretas carregadas passam por Palmeiras (Foto: Madu Livramento/ Jornal Midiamax)

Em abril de 2024, a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) liberou a indústria de celulose Suzano a usar trecho da MS-450 para o transporte de tritrens de eucalipto. Em menos de um ano, os impactos já são visíveis para quem trafega pela região turística.

Em oito meses desde o início do tráfego de caminhões pesados pela rodovia, o trecho já passou por manutenção e, ainda assim, o desgaste do asfalto construído há menos de cinco anos é nítido. Buracos, ondulações, fissuras e trincas são problemas já encontrados no trecho de 11 km por onde passam os caminhões carregados com eucalipto.

Os danos afetam diretamente os moradores do distrito de Palmeiras, que agora convivem com os buracos e também com fluxo intenso de caminhões. Inicialmente, a indústria realiza 20 viagens diárias de caminhões pela estrada, primordial para retirada de eucalipto da Fazenda Lageado, em Dois Irmãos do Buriti.

Tritrens são caminhões com três semirreboques, espécies de ‘vagões’, com destino à indústria Suzano e capacidade para transportar até 74 toneladas de carga bruta. Vale lembrar que a rota da Estrada-Parque Piraputanga é nova, sendo inaugurada pelo Governo do Estado em 2021.

A MS-450 é classificada como Estrada Ecológica e integra a Área de Proteção Ambiental (APA) de 10 mil hectares, criada em 2000. Segundo a CNT (Confederação Nacional do Transporte), o pavimento executado com asfalto, mais comum no país, tem vida útil estimada entre 8 e 12 anos.

O que diz a Agesul

Questionados sobre a situação, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos afirma que está ciente dos impactos do tráfego de veículos pesados nos 11 quilômetros da MS-450 e que realiza o monitoramento constante deste e de outros trechos da malha viária estadual.

Segundo o órgão, foi realizada uma manutenção na rodovia em novembro de 2024, para garantir sua trafegabilidade e segurança. E nova intervenção já está programada para fevereiro de 2025, incluindo manutenção corretiva e roçada.

“Para garantir a execução de serviços essenciais em estradas e pontes, a Agesul mantém 39 contratos vigentes em 17 regionais do Estado, com um investimento anual superior a R$ 500 milhões para manutenção das estradas estaduais”.

Estrada-parque de Piraputanga. (Edemir Rodrigues, Governo de MS)

Suzano afirma que buracos antecedem transporte de eucalipto

Questionada sobre a situação, a Suzano afirmou em nota que a MS-450 é uma rodovia pública, amplamente utilizada por diferentes empresas para o transporte de cargas em Mato Grosso do Sul e que apresentava trechos deteriorados antes do início das atividades de transporte de madeira.

Destaca ainda que a operação percorre um trecho de 11 quilômetros da via e contempla um número limitado de 20 viagens diárias de tritens, ajustadas para evitar horários de maior movimento e com redução considerável da frota aos finais de semana.

Além disso, “a operação foi planejada de forma sustentável e é conduzida em conformidade com todas as autorizações legais exigidas pelas autoridades competentes, sendo realizada de forma responsável e transparente, com o objetivo de assegurar a segurança viária e o respeito às comunidades locais. A empresa segue à disposição da população por meio de seu canal de Ouvidoria – 0800 771 4060 – para aprimorar continuamente suas práticas”.

(Foto: Madu Livramento/ Jornal Midiamax)

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