Num período em que Mato Grosso do Sul, mais precisamente Campo Grande, registra vários incêndios, exatamente hoje (13) completa 5 anos do maior caso já registrado na historia da Capital do estado. Em 2020, a loja do Atacadão, na Avenida Duque de Caxias foi completamente destruída pelas chamas.
Praticamente todo o efetivo do Corpo de Bombeiros da cidade trabalhou na ocorrência, que durou 48 horas. Até militares aposentados se apresentaram como voluntários para auxiliar no incêndio.
A fumaça densa e escura era vista de vários bairros de Campo Grande, chegando até 10 KM de distância. Naquele fatídico dia, vários curiosos e clientes se aglomeraram na frente do Atacadista para ver o cenário de destruição.
As cenas foram impressionantes e o fato ficará marcado também para os moradores vizinhos ao atacadista. Alguns precisaram sair de suas casas e muitos relataram às equipes do Jornal Midiamax o forte calor que sentiram e também ouviram explosões. Alguns vizinhos tiveram que passar alguns dias em hotéis.
Além das chamas muito altas e explosões, havia ainda o risco de desabamento do teto e perigo para os profissionais que ali trabalhavam.
O Jornal Midiamax acompanhou desde o início do incêndio e realizou no dia 13 de setembro de 2020 uma maiores lives (coberturas jornalísticas ao vivo), divulgando o cenário trágico, os prejuízos, a correria e os riscos dos bombeiros e os olhares espantados de várias pessoas em torno do Atacadão.
Prejuízo milionário
O incêndio que destruiu a loja do Atacadão teria consumido parte de estoque que renderia lucro de R$ 18 milhões ao atacadista no final do ano de 2020. Conforme informações apuradas pelo Jornal Midiamax na época, a loja onde incidente aconteceu já estaria sendo abastecida com todo o estoque para o período de final de ano e mercadoria, tanto das prateleiras como do estoque aos fundos, estaria avaliada em milhões de reais. Tudo foi destruído.
Em novembro, o inquérito que apura as causas do incêndio no Atacadão ganhou um novo indício. O laudo da perícia indicou que o incêndio na loja da rede atacadista poderia ter sido ‘proposital’. Conforme o delegado titular na época da 7ª DP, Bruno Urban, o laudo não apontou nenhum indício de curto-circuito no sistema do supermercado e nenhuma combustão espontânea, pois no corredor onde o incêndio começou havia produtos inflamáveis, como álcool e demais materiais de limpeza.
Naquela época também, nossa reportagem tentou contato com a delegada titular da 7ª DP, Marília Brito, para apurar a conclusão do inquérito policial, mas não obteve sucesso.
Tragédia poderia ter sido evitada
Na ocasião, um empresário do setor de formação de brigadas para empresas, que pediu para não ter a identidade revelada, disse que a tragédia poderia ter sido amenizada, caso a ação inicial dos brigadistas tivesse sido efetiva. “Pelas imagens, só havia uma linha de fogo, na gôndola. A chance de ter apagado o fogo ali era grande se tivesse sido acionado tudo corretamente. Assim, não teria tomado essa proporção”, avalia.
“Eu vi que o Atacadão informou que alguns brigadistas cuidavam da evacuação do local e fizeram isso muito bem feito, pois não houve feridos. Entretanto, a equipe tem que estar preparada para realizar as duas tarefas [evacuar e combater as chamas] simultaneamente”, concluiu.