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Cotidiano

Único hospital habilitado de MS registra 120 novos casos de câncer infantojuvenil por ano

Taxa de mortalidade é de 42,9 a cada um milhão de crianças e adolescentes
Karina Campos -
aacc
Diagnóstico precoce dá 80% de chance de cura (AACC-MS)

Dados do Panorama de Oncologia Pediátrica, uma iniciativa do Instituto Desiderata, indica que a cada ano registra, em média, 120 novos casos de câncer infantojuvenil, nos últimos dois anos no único hospital habilitado do Estado. Contudo, a taxa de mortalidade é de 42,9 a cada um milhão de crianças e adolescentes.

A plataforma reúne dados do Registros Hospitalares de Câncer, do Registro de Câncer de Base Populacional, Sistema de Mortalidade do Datasus e do Inca (Instituto Nacional de Câncer). Sendo assim, o indicador apresenta a magnitude do problema e, principalmente, para a oferta de informações que ajudem em pesquisas e implantação de políticas públicas para um diagnóstico precoce e o tratamento do câncer infantojuvenil.

A estimativa é que entre 2023 e 2025, a cada um milhão de crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, o Estado registrou 60 pacientes meninas e 60 meninos por ano com o diagnóstico para a doença. No , a estimativa é de 7,9 mil novos casos ao ano.

Mortalidade por câncer

Quanto às principais causas de mortalidade, entre 2016 e 2022, a maioria foi em decorrência de doenças do aparelho respiratório, com 247 óbitos no período. Em seguida estão doenças no sistema nervoso (241) e tumores (239). A iniciativa destaca que a taxa de mortalidade é essencial para compreender a saúde infantojuvenil.

A taxa média de mortes entre crianças e jovens de 0 a 19 anos por câncer, entre 2016 e 2022, é de 42,9 a cada um milhão de pessoas da faixa etária. O Estado registrou 253 mortes no período.

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O levantamento da série temporal das taxas de mortalidade por câncer infantojuvenil permite identificar tendências ao longo dos anos, por exemplo, com a indicação de aumento, redução ou estabilização. Portanto, a análise possibilita também detectar períodos de mudanças que podem estar associadas a diversos fatores, como intervenções médicas ou políticas de saúde.

Acesso ao tratamento

Apenas o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) é habilitado em oncologia pediátrica, o que representa 1,3% dos serviços habilitados no país. Além disso, os dados mostram que a cada um milhão de crianças e adolescentes, há apenas cinco médicos oncologistas pediátricos.

O número de médicos disponíveis se encaixa na média nacional, sendo 100% que atendem pelo SUS (Sistema Único de Saúde). No Brasil, cerca de 85,9% atendem pelo SUS.

Dos hospitais não habilitados em oncologia pediátrica, 40% atendem crianças menores de 1 ano, 18,3% atendem crianças de 1 a 14 anos e 51,4% atendem adolescentes e jovens de 15 a 19 anos.

O monitoramento ainda indica que 5,6% de crianças e jovens de 0 a 19 anos não iniciaram o tratamento entre 2017 e 2021. Mais da metade desse número não há informação do motivo (71,4%), outros motivos têm 14,3% e 14,3% recursaram o tratamento.

câncer infantojuvenil
Fonte: Integrador RHC, 2024, casos analíticos.

Acesso a tratamento contra o câncer fora do Estado

O índice de pacientes que foram regulados para outro estado em busca de tratamento do câncer é de 35,5%, com principais destinos para (27%), Paraná (7,6%) e Distrito Federal (0,5%).

Quanto aos pacientes que viajaram ao Estado entre 2017 e 2021 em busca do tratamento, o número representa 0,7%, sendo apenas uma pessoa do Paraná.

Por fim, o diagnóstico no público infantojuvenil em Mato Grosso do Sul alcança 96,4%, superior ao índice nacional, que é de 85,8% e do Centro-Oeste, que é de 74,4%.

Diagnóstico precoce salva

Contudo, a dificuldade em distinguir sintomas atrasa diagnóstico precoce de câncer infantojuvenil. Sima Ferman, chefe do Serviço de Oncologia Pediátrica do Instituto Nacional de Câncer, explica que o câncer infantojuvenil é a primeira causa de morte por doença no Brasil, entre pacientes de 1 a 19 anos.

Conforme o médico onco-hematologista, Marcelo dos Santos Souza, há 15 anos todos os médicos em formação em Mato Grosso do Sul passam por estágio no Cetohi (Centro de Tratamento Onco Hematológico Infantil) e, após formados, são orientados a fazer cursos que os preparem para reconhecer quaisquer dos sinais. Isso possibilita que o paciente receba as orientações cabíveis rapidamente e consiga iniciar o tratamento com grandes chances de cura.

“O câncer está relacionado ao estilo de vida, ao ambiente em que o paciente vive, às infecções virais, a alimentação… A gente sabe que nosso estado tem muitas plantações de , de , então pensa na quantidade de agrotóxico. Isso pode, sim, estar relacionado ao alto índice de leucemia em MS, já que o acesso a esta substância é uma das causas para o câncer”, explica.

Portanto, ao notar qualquer sintoma anormal, a principal recomendação é procurar um médico.

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