Trump suspende parceria dos EUA para combate a incêndios florestais e pode afetar MS
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O presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu suspender a parceria que os Estados Unidos tinham com o Brasil para Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios. Intercâmbio para conhecimento eram realizadas entre as equipes do Ibama e Prevfogo e Mato Grosso do Sul ainda pode ser afetado.
A decisão de Trump integra a suspensão por 90 dias de todos os projetos que destinavam recursos para países estrangeiros. O programa é executado pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos, com formação de brigadistas brasileiros com capacitação técnica desde 2021.
Ao Jornal Midiamax, o presidente do Comitê do Fogo, Tenente-coronel Leonardo Congro, afirma que foram realizadas conversas com a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional no ano passado.
E que Mato Grosso do Sul tem um intercâmbio relacionado ao manejo integrado do fogo, agendado para envolver outros estados.
“É um trabalho amadurecido há três anos e acreditamos que vá acontecer, pois não é diretamente ligado ao programa. Mas outras ações, principalmente do Ibama, deve impactar sim”, afirma o presidente do Comitê do Fogo.
Ações em parceria com o Ibama
Ministério do Meio Ambiente e Ibama ainda não se pronunciaram oficialmente, mas ao G1 o órgão confirmou que a paralisação das atividades “não gera impacto direto no combate ao fogo no Brasil, mas prejudica aspectos técnicos, devido à interrupção de algumas ações que poderiam fortalecer e estruturar as instituições brasileiras, particularmente em termos de capacitação de profissionais”.
Superintendente do Ibama em MS, Joanice Lube afirma que as ações do Prevfogo MS, de prevenção e combate aos incêndios florestais, não serão diretamente afetadas. “Já foram contratados 15 brigadistas para Base Pronto Emprego em Corumbá e estão sendo programadas reuniões com as lideranças indígenas para formalização das Brigadas indígenas a partir de junho”.
Ainda de acordo com ela, a Base do Prevfogo em Corumbá está sendo estruturada para receber apoio no período crítico de incêndios.
MS teve recorde de queimadas em 2024
Mato Grosso do Sul fechou 2024 com mais de 13 mil focos de queimadas, o pior cenário em 22 anos. Os números do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostram o que foi vivenciado ao longo dos meses: mais um ano de devastação florestal.
Mais do que nunca, 2024 evidenciou os efeitos das mudanças climáticas e o quão em risco o planeta está. Os 13.041 focos de queimadas registrados em Mato Grosso do Sul ao longo do ano, concedem média de 35,7 focos de incêndios por dia.
Diferente dos outros anos, quando as chamas se propagavam com maior intensidade entre agosto em novembro, em 2024 elas chegaram antes. Pegando brigadistas e autoridades de surpresa, junho e julho foram os meses com maior número de focos da história para o período.
O ano passado, em termos de queimadas, só perdeu para 2002, quando foram registrados 14.543 focos. Dados de outubro de 2024 do Map Biomas mostram que Corumbá é o município com maior área queimada, sendo 1 milhão e 741 mil hectares.
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