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Cotidiano

Tragédia envolvendo ‘desafio do desodorante’ alerta para riscos de brincadeiras perigosas

No Brasil, de 2014 a 2024, 53 crianças e adolescentes, de 7 a 17 anos, tiveram ferimentos graves ou foram vítimas fatais de desafios propostos na internet
Jennifer Ribeiro -
Celular em escola (Arquivo, Midiamax)

Para as crianças, que estão em processo de desenvolvimento cognitivo, as chamadas ‘brincadeiras perigosas’ podem parecer inocentes, com objetivo único de proporcionar sensação de euforia e relaxamento. No entanto, esta prática cada vez mais comum é extremamente preocupante e requer atenção redobrada dos responsáveis.

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Em 13 de abril, uma menina de 8 anos morreu no após inalar desodorante aerossol, durante um desafio da internet. O caso, claro, chocou o país e reacendeu um alerta sobre esse tipo de prática, que já resultou tragédias em diversas partes do mundo.

Em não há casos de vítimas registrados, no entanto, nesta terça-feira (15), um adolescente de 14 anos, foi alvo da Operação Adolescência Segura, no Carioca, em . Conforme a polícia, o adolescente fazia as conexões dos desafios lançados em plataformas e redes sociais.

Conforme o Instituto DimiCuida, que desenvolve pesquisas e estudos sobre a prevenção de brincadeiras perigosas, de 2014 a 2024, 53 crianças e adolescentes, de 7 a 17 anos, tiveram ferimentos graves ou foram vítimas fatais de desafios propostos na internet.

Brincadeiras perigosas

O desafio do desodorante, em que o ‘participante’ precisa inalar o produto pelo máximo de tempo possível, não é recente, tampouco o único. Em 2017, por exemplo, a ‘brincadeira’ Baleia Azul acendeu o alerta de pais e do mundo todo, já que os desafios propostos incluíam mutilação, envenenamento e por fim, o suicídio. Estes, por serem mais reclusos e exigirem o sigilo de quem participa, passa desapercebido por muitos responsáveis.

No entanto, nas redes sociais, basta deslizar o dedo na tela para se deparar com desafios ‘menores’, fantasiados como algo inocente, que podem provocar quadros graves de saúde e até a morte. Um deles é o desafio da canela. Nele, os participantes enchem a boca de canela em pó e depois tentam engolir sem beber nenhum líquido. A consequência é o engasgo ou asfixia.

Recentemente, nas redes sociais, virou trend sugar um mini pudim. As pessoas se filmavam consumindo o doce, mas, com a pressão, acabavam aspirando ou se engasgando com o alimento. O desafio do sal e gelo é comum em festas. Nele, os participantes precisam segurar os itens na mão pelo máximo de tempo possível. Com o passar dos minutos, a ‘brincadeira’ pode causar queimaduras graves na pele.

Por fim, o desafio Momo, conhecido como ‘jogo suicida’. Nele, pessoas desconhecidas se passam pela boneca Momo e entram em contato com crianças pelo WhatsApp. Após atraírem a vítima, iniciam o desafio, bastante similar ao ‘Baleia Azul’.

Quem participa?

Estudos do Instituto DimiCuida apontam que as brincadeiras perigosas são mais praticadas por crianças e adolescentes entre 7 e 17 anos, porém os meninos são mais propensos a participar.

Embora isso possa ocorrer independentemente da origem e classe social, vítimas de bullying estão mais vulneráveis e propensas a ceder à pressão do grupo e praticar os desafios.

Sinais físicos:

  • Violentas dores de cabeça;
  • Distúrbios visuais passageiros (moscas voadoras);
  • Traços vermelhos em volta do pescoço, ou na lateral do pescoço (consequências da corda);
  • Cansaço;
  • Falta de concentração, esquecimento, perda breve de consciência, falta de memória recente;
  • Zumbidos na orelha;
  • Bochechas vermelhas (petéquia), vermelhidão nos olhos (hemorragias intraoculares).
  • Distúrbios visuais passageiros (moscas voadoras);

Alertas de comportamento

  • Agressividade, violência verbal e/ou física;
  • Isolamento e mudança de humor;
  • Perguntas sobre os efeitos, as sensações e os riscos de estrangulação;
  • Desorientação após passar tempo isolado e/ou associado de uso contínuo da internet;
  • Roupas de gola alta, mangas e calças compridas ou acessórios que acobertam marcas no corpo.

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