O adolescente de 14 anos, alvo da Operação Adolescência Segura, teve computador e celular apreendidos na manhã desta terça-feira (15), no Jardim Carioca, em Campo Grande.
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A operação desarticulou uma organização criminosa que praticava crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. O grupo promovia radicalização de ódio, além de incentivar a automutilação e outros atos de violência.
Em Campo Grande, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) nos bairros Jardim Carioca, Amambaí, Buriti, Leblon e Copaunião.
Ainda segundo a polícia, o adolescente fazia as conexões dos desafios lançados em plataformas e redes sociais. Na casa dele, no Jardim Carioca, alvo de busca e apreensão, os agentes apreenderam computadores e celulares.
Investigações
Durante as investigações, a polícia identificou um grupo criminoso que se articulava principalmente por meio de plataformas de comunicação criptografadas, como Discord e Telegram, além de redes sociais populares.
Eles utilizavam esses canais para aliciar adolescentes e estimulá-los a práticas de automutilação coletiva, crueldade contra animais, incitação ao ódio e discussões sobre potenciais ataques violentos.
Assim, os criminosos promoviam competições internas e recompensas, como forma de incentivar a participação ativa nas atividades ilícitas.
Operação de nível nacional
Ao todo, a polícia cumpriu aproximadamente 20 mandados de busca e apreensão, com 2 prisões temporárias de adultos e 7 internações provisórias de adolescentes infratores. Essas ações simultâneas ocorreram em Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás.
Conforme as investigações, a dinâmica do grupo incluía a distribuição de “recompensas” simbólicas aos que mais se engajavam nas atividades ilícitas. Em Mato Grosso do Sul, a polícia apreendeu provas digitais relevantes à investigação, que serão periciadas.
Os investigados poderão responder por associação criminosa (art. 288, CP), indução ou instigação à automutilação (art. 122, §4º, CP), maus-tratos a animais (art. 32, Lei 9.605/98), entre outros crimes, cujas penas somadas ultrapassam 10 anos de reclusão.


Caso no Distrito Federal
Uma menina de 8 anos morreu após inalar desodorante aerossol, no Distrito Federal. O óbito foi declarado no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), no domingo (13).
O caso é investigado pela 15ª DP. O delegado responsável, Ataliba Neto, disse que um inquérito foi aberto para apurar as circunstâncias da morte e tentar identificar os responsáveis pela publicação do “desafio do desodorante” em uma rede social.
Segundo uma tia, Sarah Raissa Pereira de Castro perdeu a vida após participar de um desafio na internet que consiste em inalar desodorante spray pelo máximo de tempo. O “jogo” normalmente é proposto por pessoas que incentivam crianças e adolescentes a gravar imagens enquanto aceitam o desafio. Os vídeos somam milhares de visualizações.
Conforme a PCDF, a menina deu entrada no hospital público no dia 10 de abril e não resistiu.
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