Tarifa de ônibus a R$ 4,95 já está em vigor em Campo Grande

O reajuste ocorre em meio a série de reclamações dos usuários do transporte público

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(Foto: Natalia Alcântara/Jornal Midiamax)

Autorizado pela prefeitura de Campo Grande na noite de quinta-feira (23), a nova tarifa do transporte público passa a valer a partir desta sexta-feira (24). Na prática, o trabalhador já começa a pagar R$ 0,20 mais caro para andar de ônibus, em Campo Grande.

O Consórcio Guaicurus confirmou que o repasse chegou para os passageiros ainda hoje. O reajuste ocorre em meio a série de reclamações dos usuários do transporte público e determinação da justiça.

A tarifa, reajustada em 3,51%, sai dos R$ 4,75 para R$ 4,95. Em apenas sete datas, o trabalhador pode pagar R$ 2 na chamada tarifa reduzida, em vigor apenas para pagamento no cartão eletrônico e em datas comemorativas previstas em lei.

Reclamações diárias do transporte

As reclamações sobre o serviço precário prestado pelo Consórcio Guaicurus se intensificaram nesta semana, diante de reajuste tarifário. Desde trabalhadores tendo que ir para casa a pé até demora de 4 horas para chegar ao serviço, a rotina do campo-grandense que depende do transporte público não é fácil.

Nesta sexta-feira (24), noticiamos o caso de um trabalhador que mora no bairro Paulo Coelho Machado, região sul, e precisava ir até os altos da Avenida Afonso Pena, na região central. O trecho de 17 km pode ser feito em 30 minutos de carro, mas o trabalhador demorou quase quatro horas de ônibus.

Na madrugada de quinta-feira (23), trabalhadores de uma rede de fast food precisaram ir a pé para casa após a jornada de trabalho, porque simplesmente o ônibus não passou. Alguns precisaram andar por 3 horas para conseguir chegar em casa.

Além disso, em três dias, foram ao menos cinco reclamações de ônibus quebrados que dificultaram a vida do trabalhador de Campo Grande.

Passageiros desistem de transporte ruim

O transporte público de Campo Grande, administrado desde 2012 pelo Consórcio Guaicurus, é uma verdadeira novela, de enredo fraco e desfechos previsíveis. Ao longo dos anos de concessão e serviço precário, 14 mil passageiros abandonaram o transporte público, e ao invés de investir em gestão e qualidade, o Consórcio Guaicurus tirou mais de 30 ônibus de circulação e pressiona por reajustes.

Informações contidas na Política Municipal de Mobilidade e Acessibilidade Urbana, mostram o reflexo do descaso do serviço do Consórcio Guaicurus com a população. Em apenas dois anos após o início da concessão, o número de passageiros pagantes começou a cair. Dos 56,6 mil passageiros que iam e vinham de ônibus em 2012, apenas 42,5 mil resistiram ao transporte até 2019.

A redução no volume de passageiros pagantes caiu 25% em sete anos de concessão. De olho no lucro, o Consórcio Guaicurus retirou mais de 30 ônibus de circulação entre 2017 e 2019, prejudicando ainda mais a população.

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