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Cotidiano

Setor da construção civil prevê crescimento de 2,3% em 2025 amparado na ampliação do MCMV

Dados foram apresentados no evento Indicadores Regionais da Construção em Mato Grosso do Sul: Cenário Econômico e Perspectivas para 2025 na tarde desta segunda-feira
Osvaldo Sato, Aline Machado -
Evento ocorreu na sede da FIEMS (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Os dados apresentados no evento ‘Indicadores Regionais da Construção em : Cenário Econômico e Perspectivas para 2025′, realizado pelo Sinduscon-MS (Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção de Mato Grosso do Sul) e pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), apontam para um crescimento da construção civil no Centro-Oeste.

A projeção de expansão é de 2,3% para 2025, superando a expectativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, conforme detalhado na coletiva de imprensa exclusiva realizada nesta segunda-feira (28), em .

O panorama econômico da construção civil no Centro-Oeste, tema central do evento, revelou um cenário dinâmico. Dos 26.752 estabelecimentos da construção civil na região, 16,60% estão localizados em Mato Grosso do Sul, totalizando 4.440 empresas. A capital sul-mato-grossense, Campo Grande, concentra 14,82% do total de estabelecimentos da região. Apesar dessa representatividade, Mato Grosso do Sul se destaca por apresentar o menor déficit habitacional do Centro-Oeste, com 76 mil unidades.

Em relação à distribuição do setor na região, os dados do evento indicaram que lidera com 38% da construção civil, seguido por Mato Grosso (25,6%), (19,1%) e Mato Grosso do Sul (17,2%). A análise histórica, também apresentada durante o encontro, reforça a forte ligação entre o desempenho da economia nacional e o da construção civil: o crescimento do PIB geralmente impulsiona o setor, enquanto recessões tendem a intensificar a retração.

Construção emprego 28.411 pessoas em 2024

Quanto à geração de empregos, o evento destacou que Goiás e Mato Grosso figuraram entre os dez maiores geradores de vagas no setor no primeiro bimestre de 2025, ocupando a quinta e oitava posições, respectivamente. Mato Grosso do Sul, embora relevante no número de estabelecimentos, ficou na 11ª colocação no mesmo período.

Surpreendentemente, os dados revelaram uma retração de 15,48% no número de trabalhadores com carteira assinada na construção civil em Mato Grosso do Sul ao longo de 2024, totalizando 28.411 empregados. Segundo Kleber Recalde, Presidente do Sinduscon-MS, que detalhou o cenário, “a redução do número de empregos nas obras de infraestrutura contribuiu especialmente para este resultado”.

Contrariando a tendência de 2024, o primeiro bimestre de 2025 trouxe sinais de recuperação para alguns polos do estado, conforme detalhado na apresentação do Censo Imobiliário de Campo Grande (4ª edição). Campo Grande, , Dourados e Aparecida do Taboado registraram os maiores saldos positivos na geração de novos empregos na construção civil.

Em Campo Grande, todos os segmentos da construção civil apresentaram desempenho positivo no primeiro bimestre de 2025, com a criação de 738 novas vagas, impulsionadas principalmente pela construção de edifícios, responsável por 61,79% dessas novas oportunidades.

Desde 2020 até fevereiro de 2025, a construção civil na capital sul-mato-grossense gerou 3.877 novos postos de trabalho, representando um crescimento de 35,47% no número de trabalhadores do setor na cidade e respondendo por 9,6% do total de novos empregos criados no período.

Aposta no MCMV

A principal aposta para o crescimento projetado de 2,3% em 2025 reside no programa Minha Casa, Minha Vida, conforme enfatizado pelos especialistas presentes no evento. Lucas Lira Finoti, especialista em Inteligência de Mercado da Brain Inteligência Estratégica, analisou o cenário.

“Com a inclusão da faixa 4, a perspectiva é que haja um incremento no Minha Casa e Minha Vida e, provavelmente, não vai ser o único que vai movimentar a cidade, mas terá uma força importante”, afirmou.

A economista-chefe da CBIC, Ieda Vasconcelos, complementou essa visão, detalhando a evolução e o potencial do programa.

“Só para destacar, o retorno do Minha Casa e Minha Vida aconteceu a partir do segundo semestre de 2020. Em 2003, quando então foram atualizados os valores dos imóveis e as faixas de valores de renda. E agora, além da faixa 4, também foram atualizadas as faixas de renda e os valores dos imóveis”, afirmou.

“A classe média terá acesso ao MCMV em imóveis de até 500 mil imóveis, atendidos pela faixa 4, eles darão este dinamismo para o mercado imobiliário”, disse.

Perspectivas para o setor

Apesar do otimismo impulsionado pelo Minha Casa, Minha Vida, os especialistas alertaram para os desafios macroeconômicos. Ieda Vasconcelos enfatizou que “o principal problema enfrentado hoje pelo setor da construção civil é a taxa de juros elevada. A taxa de juros elevada ela tira investimentos, ela tira recursos dos investimentos produtivos e os direcionam para o mercado financeiro”, afirmou.

Kleber Ricalde, presidente do Sindiscon, complementou a análise, traçando um panorama mais amplo. “A demanda continua muito forte. Embora o mercado econômico seja de apreensão com relação à elevação de taxa de juros, variação cambial e outros aspectos […] Mas o Minha Casa Minha Vida, por exemplo, é um programa que está além disso, porque ele tem uma fonte segura de recursos, com taxas bastante favoráveis ao tomador do empréstimo e tem uma larga experiência […] então eu acredito que o desempenho deste segmento econômico vai ser melhor, principalmente agora, com o lançamento do Faixa 4 e a readequação das outras faixas que foi recém anunciado”, disse.

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