Os servidores municipais de Maracaju, município distante 162 quilômetros de Campo Grande, organizaram uma manifestação na tarde desta quarta-feira (11), para exigir que a prefeitura da cidade cumpra com os acordos previstos no plano de cargos e carreira dos funcionários efetivos.
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Participaram do cargo representantes de diversas secretarias, incluindo educação, saúde e os setores administrativos. O ato reuniu cerca de 120 pessoas, com concentração na Praça Central. Na sequência, o grupo percorreu a rua 11 de junho e a Avenida Marechal Deodoro da Fonseca, com veículos e caixas de som. O ato se encerrou no CEPE Simão Rocha.
Conforme a carta aberta à sociedade maracajuense, redigida e assinada pelos servidores, desde o início do ano os servidores alegam estarem sendo prejudicados pela prefeitura do município.
“Observamos com preocupação a redução na produtividade, nas horas extras e em outros benefícios, o que gera insegurança e desmotivação. Precisamos de condições adequadas para garantir serviços essenciais à comunidade”, diz trecho da carta.
Sindicato diz ter sido ‘ameaçado’ por prefeitura
Durante a concentração do ato, ainda na praça, representantes do Sintrema (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Maracaju) leram uma carta, que supostamente teria sido enviada pela prefeitura, em tom de ameaça aos servidores.
“Hoje nós já recebemos uma carta com umas entrelinhas ameaçadoras, [dizendo que] se rolasse essa carreata, ‘nós iríamos ver’. O sindicato leu essa carta antes da carreata falando que se tivesse essa manifestação, nós iríamos ver nos próximos dias”, revelou uma das participantes do ato.
A servidora da área de educação, que pediu para ter seu nome preservado, denuncia que a categoria vem sendo ‘enrolada’ pela administração pública. “Até agora ele [prefeito] não negou, ele só está enrolando, está usando todos os prazos possíveis para nos enrolar. Ele tinha até o dia 30 [deste mês] para retornar, mas agora disse que só dia 15 de julho poderá dar o retorno, se sim ou se não [em relação a firmar o acordo]. Só que isso já foi acordado, já foi assinado esse valor, a porcentagem que iria aumentar”, detalha a servidora.
Outra denúncia, é em relação ao corte de horas extras e taxas de produtividade. “Administrativo cortou as horas extras, cortou a produtividade, enquanto os cargos nomeados continuam ganhando muito bem e ainda 100% de produtividade. Essa é a indignação de todos os funcionários públicos. Ele está tirando dos que ganham pouco. Se ele diminuísse o salário dos nomeados, não precisaria mexer com os pequenos. Essa é a triste realidade que estamos vivendo”, expressou.



Prefeitura nega carta ameaçadora
O prefeito de Maracaju, Marcos Calderan (PSDB), negou que qualquer carta em tom ameaçador tenha sido enviada ao sindicato que representa os profissionais da educação. O chefe do executivo também afirmou que a reunião no dia 30 deste mês continua de pé, e que a negociação com as demais categorias deverão entrar em andamento.
Boa tarde, obrigado por entrar em contato. Mas basicamente, resumindo,
“Nem eu entendi o motivo dessa manifestação, já que nós temos acordado com o sindicato dos professores, do Sintrema, desde o início do ano, que a gente faria uma avaliação das finanças na metade do ano, ou seja, final desse mês de junho. [Com as demais categorias] ainda não marcamos reunião porque a demanda é recente”, afirmou.
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