A prefeitura de Sidrolândia, distante 70 km de Campo Grande, decidiu ampliar a suspensão das aulas no município até 2 de junho, valendo para escolas públicas e privadas. Mais uma vez, o município tenta conter o avanço das SRAGs (Síndromes Respiratórias Agudas Graves) e suas consequências.
Até o momento, o município registra mais de 60 pessoas infectadas e oito mortes este ano, em decorrência das SRAGs. Os números não são altos considerando a população de 49,3 mil habitantes, mas há agravantes para a situação.
A cidade tem apenas um hospital, filantrópico e lotado, bem como as unidades básicas de saúde. Além disso, não há vaga em praticamente nenhum hospital de Mato Grosso do Sul, devido à falta de leitos generalizada. Com isso, às vezes, um paciente precisa viajar muitas horas até encontrar uma vaga, agravando a situação.
Quem explica é a secretária municipal de saúde, Vanessa Prado, que junto ao prefeito, decidiram sobre as medidas restritivas. Além da suspensão das aulas, a recomendação é para o uso de máscaras e vacinação contra a influenza.
“É uma medida de prevenção, pois não queremos que mais casos se agravem, principalmente de crianças em idade escolar”, reforça a secretária. Assim como em todo o Estado, em Sidrolândia, crianças pequenas são as principais afetadas pelas doenças respiratórias.
Crise na saúde de MS
Unidades de saúde lotadas, pacientes esperando vagas em hospitais, falta de leitos em UTI, plano de contingência e colapso na saúde. O cenário é bem conhecido dos profissionais por ser sazonal, mas o cerne do problema é o mesmo: faltam leitos hospitalares.
A realidade é que existe apenas um leito em hospital para cada 607 pessoas em Mato Grosso do Sul. Bem longe do recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), de 3 a 5 leitos para cada mil habitantes. Conforme dados do Ministério da Saúde, são 6.690 leitos existentes em todo o Estado, dos quais 4.556 leitos são de atendimento público, via SUS.
Há anos, especialistas afirmam que o grande problema é a falta de hospital público municipal em Campo Grande, já que a demanda da Capital ‘disputa’ espaço com pacientes do interior na Santa Casa, Hospital Regional e Hospital Universitário. Assim, as unidades de saúde (UPAs e CRS) acabam sendo alternativas.
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