Em mais um episódio crítico da saúde de Campo Grande, a Santa Casa informou nesta sexta-feira (23) que precisou impedir a entrada de novos pacientes em seu Pronto Socorro. O maior hospital de Mato Grosso do Sul opera acima da capacidade, com pacientes em leitos improvados e risco de desassistência.
De acordo com o hospital, cerca de 20 pacientes ocupam os leitos da área vermelha adulta, que dispõe de apenas seis vagas disponíveis. Na área vermelha pediátrica, há três leitos disponíveis, mas no momento seis pacientes estão internados, sendo cinco deles conectados a respiradores, necessitando de balas de oxigênio devido à insuficiência estrutural.
A Santa Casa esclarece que os leitos da ala adulta e pediátrica são contratados pelo município, e que, desta forma, a instituição está operando acima da capacidade estabelecida no contrato. Em nota, o hospital afirma que “devido às restrições físicas, tornou-se impossível manter condições mínimas para o atendimento adequado”, motivando o bloqueio.
Dessa forma, serão permitidos apenas os casos de emergência, que serão avaliados pelo Núcleo Interno de Regulação, junto à Regulação Municipal e ao Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), para definir quais atendimentos ainda poderão ser realizados.
Falta de recursos
Na audiência pública, em 14 de maio, a presidente da Santa Casa, Alir Terra Lima, reafirmou que o déficit mensal da instituição gira em torno de R$ 13 milhões, valor que não considera emendas parlamentares, classificadas por ela como recursos “pontuais”.
Em 2018, o hospital entrou com uma ação judicial pedindo o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato com o SUS. Uma auditoria determinada pela Justiça Federal confirmou o desequilíbrio e apontou um déficit de R$ 256 milhões.
Além disso, a Santa Casa ainda aguarda o pagamento de R$ 23 milhões não repassados durante a pandemia, apesar de estarem previstos por uma lei federal. O valor total devido pela União é de R$ 46 milhões, e o hospital já obteve decisões judiciais favoráveis, inclusive no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
A solução definitiva, segundo a gestão do hospital, está na atualização da tabela SUS, que não passa por um reajuste real desde sua publicação em 2008.
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