Se você tivesse que descrever a cidade de Bela Vista para uma pessoa que não a conhecesse, o que você diria? Como a descreveria?
Que é um lugar Bonito, daí o nome Bela Vista. Uma pequena cidade de 21.613 pessoas no Censo de IBGE 2022, o que representa uma queda de -6,81% em comparação com o Censo de 2010. Localizada às margens do rio Apa – afluente do rio Paraguai, fronteira internacional com o Paraguai e a cidade irmã de Bella Vista Norte, com tradicional integração e comércio internacional.
Que tem cachoeiras, lagos, rios cristalinos, “nhá-de-jara” – um córrego que desaparece de um lado da estrada e aflora do outro. Que tem morros também, como o morro Margarida.
Diria que Bela Vista foi imortalizada no livro Retirada da Laguna de autoria do Visconde de Taunay, onde o combate de Nhá-depá legou-nos um obelisco como marco do local – monumento de pedra canga da região.
E finalmente diria que a cidade é um patrimônio histórico e cultural, o mais conservado e original do estado do MS. Casarios centenários datados do século 19 e início do século 20, de uso militar, educacional, religioso, institucional, público e residencial.
O casario que compõe o Patrimônio Histórico e Cultural de Bela Vista conta a história da ocupação: o edifício da antiga cadeia, data do início do século XX, o Correio data de 1905 e a Praça Municipal de 1908. No início do século XX, o Quartel. Na década de 1930 o complexo arquitetônico dos padres redentoristas, com a Igreja de Santo Afonso e as capelas, entre elas a igreja de pedra.
O turismo cultural preconiza o estudo e compreensão da história do local através dos edifícios antigos que abrigam todas as formas de viver, fazer, criar… E ao mantermos nossas casas velhas estamos enviando ao futuro uma mensagem de resistência cultural. De um país. De uma gente.
Por isso tudo mencionado é que temos de preservar nossa memória, como bela-vistenses, sul-mato-grossenses e brasileiros.
Pois esta cidade, fruto dos anseios dos homens e das mulheres de outrora, é uma cidade importante para a história do Brasil.
Esta cidade abriga os anseios de hoje, orgulho da cidade heroica que pertence ao futuro, uma cidade chamada Bela Vista.
A proposta em pauta intenta a preservação do legado histórico e cultural arquitetônico da ocupação do oeste brasileiro, e vem ao encontro das diretrizes da política cultural nacional e sul-mato-grossense, especialmente no que concerne ao incentivo à pesquisa e à divulgação do conhecimento e ainda no tocante à promoção do intercâmbio e à circulação de bens, por meio impresso e por meio virtual, de forma a estruturar as identidades construtoras da nossa história endereçada ao futuro.
Objetivos do projeto
Pesquisa e atualização de dados relativos ao patrimônio histórico edificado da cidade de Bela Vista – MS;
Divulgação e promoção do conhecimento histórico cultural sul-mato-grossense através de mídias sociais digitais;
Palestras com educadores e professores das escolas públicas e privadas com a temática do patrimônio cultural na cidade de Bela Vista – MS;
Oficinas para alunos das escolas públicas com a temática do patrimônio cultural da cidade de Bela Vista – MS;
Visitas técnicas pelo patrimônio cultural edificado da cidade com vista a formação cidadã e criação de um roteiro turístico;
Evento de encerramento com ênfase no patrimônio imaterial da região: culinária, folclore, danças e a influência da fronteira com o Paraguai.
Metas
06 Palestras para educadores e professores da Rede Estadual de Ensino e do ensino privado CEFRON;
02 Palestra para servidores da Prefeitura Municipal de Bela Vista, com foco nos servidores das secretarias de cultura, turismo e saúde;
04 Oficinas para alunos em escolas da Rede Estadual de Ensino;
01 Palestra e Visita Técnica pelo patrimônio cultural edificado da cidade;
01 Palestra e Evento de encerramento a ser realizado em praça pública;
Material digital para socialização e distribuição nas escolas e comunidade;
Alcance de 10.000 pessoas com folders virtuais para divulgação (uso dos grupos comunitários e rede de comunicação dos bairros e espaços afins);
Perfil do público a ser atingido pelo projeto
Alunos com idade de 10 a 17 anos, 250 pessoas das comunidades (pais, agentes comunitários, agentes de saúde, etc), e professores e educadores e comunidade em geral. Contemplando as escolas estaduais da cidade e particular para uma amplidão da exposição e multiplicação do conhecimento e pertencimento do patrimônio cultural na cidade.
Local onde o projeto será executado
Proposta de Escolas da Rede Estadual de Ensino em Bela Vista – MS a serem contempladas, de forma urbanisticamente abrangente, para o ciclo de Oficinas para estudantes de Educação Patrimonial:
Escola Estadual Castelo Branco
Duque de Caxias, 377 – Centro, Bela Vista – MS, 79260-000 – Fone: (67) 3439-1172. (Dia 19/03, Quarta-feira, às 16:00 h).
Escola Estadual Vera Guimaraes Loureiro
R Rua Visconde De Taunay, 450 – Centro, Bela Vista – MS, 79260-000 – Fone: (67) 3439-2001.
(Dia 20/03, quinta-feira, às 10:00 h).
Escola Estadual Dr Joaquim Murtinho
Av. Afonso Pena, 667 – Costa e Silva, Bela Vista – MS, 79260-000 – Fone: (67) 3439-2021. (Dia 19/03, quarta-feira às 14:00 h e dia 20/03, quinta-feira, às 10:00 h).
Escola Estadual Ester Silva
Barão de Melgaço, 259 – Centro, Bela Vista – MS, 79260-000 – Fone: (67) 3439-1489. (Dia 19/03, quarta-feira, às 10:00 h).
Colégio CEFRON
São Clemente, 64 Centro, 79260-000 Bela Vista – MS. Fone: (67) 3439 – 2000
(Dia 19/03, quarta-feira, às 8:30 h).
Proposta de espaço em Bela Vista – MS, de forma urbanisticamente abrangente, para o ciclo de Palestras para educadores, servidores, agentes de saúde e comunidade em geral, de Educação Patrimonial:
Cine São José
Antônio Maria Coelho, 470-566 – Centro, Bela Vista – MS, 79260-000.
Proposta de espaço público em Bela Vista – MS, de forma urbanisticamente abrangente, para Evento de Encerramento contemplando toda a comunidade bela-vistense, de Educação Patrimonial:
Praça Municipal Álvares Mascarenhas
Antônio Maria Coelho, 469-565 – Centro, Bela Vista – MS, 79260-000.
A Visita Técnica ocorrerá em trajeto pela cidade, a partir do centro cívico histórico e atingindo edificação correlacionadas.
SOBRE O AUTOR
Rubens Moraes da Costa Marques nasceu em 22 de janeiro de 1969, na cidade de Curitiba/PR. Cresceu no Mato Grosso do Sul e graduou-se como arquiteto e urbanista em 1996 e mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional pela UNIDERP em 2007. No currículo há que se mencionar a atuação como professor universitário, chefe da divisão de patrimônio cultural da Fundação de Cultura da Prefeitura de Campo Grande, conselheiro estadual do Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU/MS e 04 livros publicados. (Fronteira News)