Ao menos 59 pessoas eram aguardadas na Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, neste sábado (28), atrás da 2ª Edição do TRANSformando Histórias – Retificação de Nome e Gênero. Já nas primeiras horas era intenso o movimento no local.
O evento ocorre pela manhã. Thaísa Raquel Medeiros de Albuquerque Defante, defensora pública de Mato Grosso do Sul e coordenadora do Nudedh (Núcleo de Direitos Humanos) disse: “Importante [evento] para dar visibilidade ao direito das pessoas serem respeitadas como elas são”.
Thaísa disse ainda que a Defensoria Pública de MS planeja levar o TRANSformando Histórias também para cidades do Estado nas próximas edições.
Ela afirmou que o sucesso do evento tem a ver com o apoio dos coletivos Nós na Rua e Transpor. Ou seja, antes da realização do TRANSformando Histórias, as pessoas trans interessadas em trocar os nomes eram contatadas por grupos que tinham ligação com a defensoria.
De acordo com Thaísa, o documento é confeccionado e entregue aos interessados num prazo máximo de 60 dias. Além do trabalho da defensoria, na manhã deste sábado, juízes também atuavam no evento. E ninguém paga pela transformação nos documentos.
A defensora contou ainda que a coincidência da realização do evento na data que homenageia a comunidade LGBTQIAPN+ contribuiu.
28 de junho é o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, uma data que celebra a luta histórica por direitos e igualdade da comunidade LGBTQIAPN+. É um dia para reafirmar o orgulho em todas as orientações sexuais e identidades de gênero e para lembrar a importância da luta contra a discriminação e a violência.

HISTÓRIAS
Kaio Henrique dos Santos Cézar, 28 anos, é a nova identidade do conferente de supermercado, homem trans.
Ele disse que há anos correu atrás do serviço que possibilitou a troca no nome. Kaio afirmou ainda que, antes, a dificuldade tinha a ver com os valores que eram cobrados pelo serviço. “Isso aqui foi um alívio e que buscava há tempos”, festejou.
Homem trans, Mateus Henrique Scariot, 25, já conhecido como Mateus, agora comemora a nova documentação. Ele disse que foi até a defensoria, por ficar sabendo do evento por meio das redes sociais. Para ele, a importância da ação é ser reconhecido como “realmente o que ele é”. E mais: “ter esse documento [nova identidade] significa coragem”, afirmou Mateus.
Já Luane Delmondes Dias, mulher trans, 19 anos, estudante, ficou tão feliz com a troca do nome no documento, ao ponto de dizer que aquilo representava “um sonho seu”.


HOMEM TRANS, O QUE É
Um homem trans é uma pessoa que nasceu com sexo biológico feminino, mas se identifica com o gênero masculino e vive como homem. Essa identificação com o gênero masculino pode se manifestar de várias formas e em diferentes momentos da vida. A experiência de ser um homem trans é única para cada indivíduo e não se limita a características físicas, como a presença ou ausência de órgãos genitais específicos.
MULHER TRANS, O QUE É
Uma mulher trans é uma pessoa que nasceu com sexo biológico masculino, mas se identifica e vive como mulher. Sua identidade de gênero é feminina, embora seu sexo atribuído ao nascer seja diferente. Em outras palavras, uma mulher trans não se identifica com o gênero que lhe foi designado ao nascer e se reconhece como mulher.
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