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Cotidiano

Prefeitura cria homenagem para quem atua com defesa dos direitos das mulheres

A publicação acontece na semana em que a morte da jornalista Vanessa Ricarte é repercutida nacionalmente, principalmente após áudios da vítima questionarem o atendimento da Casa da Mulher Brasileira
Priscilla Peres -
Grupo apontará medidas necessárias para melhorar atendimento em órgão. (Foto: Arquivo/Midiamax)

Em meio à polêmica em torno da falta de atendimento adequado a vítimas de violência contra a mulher, a prefeita de , Adriane Lopes, decidiu criar uma homenagem a pessoas que contribuem para a defesa dos direitos das mulheres.

O decreto n° 16.178, que institui a condecoração ‘Eu faço parte dessa história’, deve ser entregue a pessoas que contribuem para a causa. Ainda conforme a publicação no Diário Oficial desta terça-feira (18), as homenagens serão aprovadas pela secretaria de Governo municipal.

A primeira edição da homenagem deve acontecer já em fevereiro de 2025, com 10 homenageadas. A publicação acontece na semana em que a morte da jornalista Vanessa Ricarte é repercutida nacionalmente, principalmente após áudios da vítima questionarem o atendimento da Casa da Mulher Brasileira.

Jornalista questionou atendimento

Em áudio enviado para uma amiga, Vanessa disse que foi tratada de maneira ‘fria e seca’ na (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), horas antes de ser assassinada pelo seu ex-noivo.

O local, que deveria ser de acolhimento à vítima, foi de orientações desencontradas. A jornalista ainda relata que uma delegada teria dito para ela ligar para Caio pedindo que ele deixasse a sua residência. 

Em entrevista coletiva, a delegada titular da Deam, Eliane Benicasa, disse para toda imprensa campo-grandense que teria oferecido escolta, mas a jornalista teria ‘rejeitado’. Vários jornais de Campo Grande compraram a versão policial.

Os relatos de Vanessa apontam descaso e erros grosseiros no atendimento que ela recebeu quando procurou ajuda na Casa da Mulher Brasileira. Como em muitos casos de feminicídio em , a ajuda não chegou a tempo.

A jornalista detalhou para uma amiga pouco antes de ser assassinada que esperava ‘chegar com a polícia’ para tirar o assassino da casa dela. Não conseguiu.

Sem escolta, Vanessa foi morta com três facadas pelo agressor, que já tinha longo histórico de ocorrências por .

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