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Cotidiano

Possível atuação da PM na eleição da Fetems gera conflito entre chapas

De um lado, a chapa 1 que condena totalmente a "intromissão ilegal dos agentes". Do outro, a chapa 2, que vê a presença policial como aliada na garantia de segurança das comissões e votantes, além da integridade das urnas
Jennifer Ribeiro -
Imagem Ilustrativa PMMS (Henrique Arakaki, Midiamax)

A possível presença de equipes policiais nos colégios eleitorais durante as eleições para liderança da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de ) tem gerado atrito entre as chapas. De um lado, a chapa 1 que condena totalmente a “intromissão ilegal dos agentes”. Do outro, a chapa 2, que vê a presença policial como aliada na garantia de segurança das comissões e votantes, além da integridade das urnas.

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A presença de policiais militares nos colégios passou a ser cogitada após o aumento de denúncias sobre irregularidades no pleito. Conforme Joaquim Soares de Oliveira Neto, candidato a presidência pela chapa 2, existe uma grande possibilidade de fraude nas eleições, visto que nos municípios do interior as urnas são de papelão ou madeira, como em Bonito e Três Lagoas, respectivamente.

“Com as irregularidades, com a possibilidade de fraude nas eleições e previsão de tumulto nos locais de votação, diversas denúncias foram feitas ao Ministério Público, a Polícia Militar. Quando isso chegou até eles [PM], começaram a procurar algumas comissões eleitorais e se colocaram à disposição para prestar segurança jurídica. Os policiais não estariam lá para intervir nas eleições, mas para garantir a segurança de todos”, explica Joaquim.

Conforme o candidato, sua chapa pediu para que as urnas utilizadas fossem as eletrônicas cedidas pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), mas o pedido teria sido negado. “O certo era a diretoria ter solicitado as urnas com meses de antecedência, para garantir transparência, mas não o fizeram”. “As irregularidades são muitas. O que queremos é que seja uma eleição democrática, justa e transparente. Fico feliz em saber que estamos fazendo a coisa certa e temos a a disposição para os eleitores votarem. Não vejo como uma ditadura, como apontam, vejo como algo positivo”.

Urnas de papelão serão usadas nas eleições em Bonito (Reprodução, Arquivo Pessoal)

Repúdio

Professor Jaime Teixeira, atual presidente da Fetems e candidato a Secretaria de Finanças pela chapa 1, discorda. Em nota, ele pontuou que recorrentemente pessoas se identificando como policiais militares têm procurado presidentes dos Sindicatos Municipais filiados à Federação ou à Comissão Eleitoral anunciando a existência de uma ordem de operação para monitoramento do processo eleitoral da Federação sem a devida ordem legal. O fato teria acontecido em Itaporã, Três Lagoas, além de outros municípios.

“A PMMS não está autorizada (por Lei e pela CF) a proceder qualquer monitoramento nas eleições sindicais da FETEMS sem que cada sindicato tenha feito tal chamamento por motivo justo e fundamentado”, pontua Jaime, que aponta que a intromissão será denunciada ao Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial, já que a ordem de operação nunca foi apresentada.

“Lamentamos que agentes de segurança pública queiram afastar o parco contingente da PMMS das ruas para se prestar ao papel de interventores das nossas eleições sindicais”, frisa. “As eleições da FETEMS, que ocorrem quadrienalmente, sempre foram transparentes, democráticas, sem violência ou tumulto e pertencem aos trabalhadores em educação, que em 46 anos de história nunca precisaram de qualquer ordem de operação”, acrescentou.

Possível intervenção causou estranheza

A professora Deumeires Batista de Souza Rodrigues de Morais, atual vice-presidente da Fetems e candidata a presidência pela chapa 1, afirma que tal informação causou muita estranheza.

“As eleições da Fetems, bem como dos Sindicatos Municipais filiados, sempre ocorreram com muita tranquilidade. É importante cobrar os devidos esclarecimentos do governador do estado e do Comando da Polícia Militar e mais que isso, providências cabíveis sobre a questão colocada. Nós da chapa 1 visitamos o estado todo fazendo uma campanha forte e temos a certeza que as educadoras e educadores não concordam com esse tipo de ingerência no processo eleitoral da categoria”, frisa.

A reportagem acionou a PMMS para saber se equipes policiais serão destinadas aos colégios eleitorais e quais outras procedências poderão ser tomadas com o aumento de denúncias. Até o momento não obtivemos resposta. O espaço segue aberto para manifestações futuras.

A votação está marcada para o dia 2 de junho, das 8h às 18h. Logo, a posse da nova Direção eleita ocorrerá na primeira quinzena de julho do ano em que acorrer a eleição.

A Fetems é a maior entidade sindical de Mato Grosso do Sul, reunindo 74 sindicatos municipais filiados, mais de 25 mil trabalhadores na base, representando mais de 50% do funcionalismo público do Estado.

Chapa 1

A Chapa 1 é formada pela atual vice-presidente da Fetems, Deumeires Batista de Souza Rodrigues de Morais, ao lado de Onivan Lima Correa. O grupo indica vice-presidentes regionais e suplentes de Amambai, , Campo Grande, , Corumbá, Dourados, Fátima do Sul, Jardim, Nova Andradina, Naviraí, Paranaíba, Ponta Porã, Três Lagoas e Tacuru.

Também correm a diretoria da chapa:

  • Paulo Cesar Lima (secretaria-geral)
  • Mara Núbia dos Santos (secretaria adjunta)
  • Jaime Teixeira (secretaria de Finanças)
  • José Remijo Perecin (Secretaria Adjunta de Finanças)
  • Fernando Fernandes Rodrigues (secretaria de assuntos Jurídicos)
  • Gilvano Kunzler Bronzoni (secretaria de formação sindical)
  • Sueli Veiga Melo (secretaria de políticas educacionais)
  • Idalina da Silva (secretaria de funcionários administrativos)
  • Ana Maria de Oliveira (secretaria de Comunicação)
  • Francisco Tavares da Câmara (secretaria de administração e patrimônio)
  • Maria do Carmo Drumond (secretaria de política municipal)
  • Iara Gutierrez Cuellar (secretaria de políticas sociais)
  • Edson Granato (secretaria dos aposentados e assuntos previdenciários)
  • Ludemar Solis Azambuja (secretaria dos especialistas em educação e coordenadores pedagógicos)
  • Maria Aparecida Diogo (secretaria de elações de gênero)
  • Thiago Coelho da Silva (secretaria de combate ao racismo)
  • Edivaldo Vieira (secretaria de saúde dos trabalhadores em educação)
  • Olinda Conceição da Silva (departamento dos trabalhadores em educação no campo)
  • Isabel de Lourdes Lopes Souza Borges (departamento de educação infantil)

Chapa 2

A chapa alternativa é encabeçada pelo professor Joaquim Oliveira, ao lado da professora Elizângela Maia. Segundo a diretoria, é formada por educadores ativos e aposentados, além de trabalhadores administrativos, especialistas em educação, diretores de escola, coletivos de Escolas Indígena e de Educação Especial.

A Chapa Alternativa reúne nomes que realçam a representatividade de educadores e educadoras das diversas regiões de Mato Grosso do Sul, como Dourados, Tacuru, Bonito, Corumbá, Três Lagoas, Cassilândia e Campo Grande.

Também correm a diretoria da chapa:

  • Suzilene Mosciaro (secretária-geral);
  • Mílton Cardoso Sobrinho (Finanças);
  • Dielle Perin (Políticas Educacionais);
  • Nílton Gomes Ferreira (Assuntos Jurídicos e Previdenciários);
  • Ângela Maria Faustina (Formação Sindical);
  • Paola Barbosa dias (Depto. dos Trabalhadores na Educação e no Campo);
  • Lúcia Aparecida Vieira Ocampos (Educação Infantil);
  • Teodora de Souza (Escolar Indígena);
  • Ângela Maria da Silva (Educação Especial);
  • Nadir G. da Silva (Funcionários Administrativos);
  • Orion Dias da S. Filho (Comunicação);
  • Juscima Vilhalba (Administração e Patrimônio);
  • Márcia Reis (Política Municipal);
  • Maria Auxiliadora F. Benevides (Políticas Sociais);
  • Lucimeiry Silva Borges (Especialistas em Educação e Coordenadores);
  • Roberto Mateus O. Galvão (Pedagógicos);
  • Aleteia Batistela (Relações de Gênero);
  • Izadir Francisco de Oliveira (Combate ao );
  • Aníbal Camilo B. Neto (Saúde dos Trabalhadores em Educação).

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