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Cotidiano

Pesquisa confirma tendência no crescimento do endividamento familiar em Campo Grande

Percentual de famílias endividadas na capital sul-mato-grossense tem crescido nos últimos meses
Osvaldo Sato -
centro-oeste
Homem acumulou dívidas com diversas instituições (Imagem: Ilustrativa, Freepik).

O índice de endividamento das famílias em segue em crescimento, segundo dados da PEIC (Pesquisa de Endividamento e do Consumidor), divulgados nesta quarta-feira (9). A pesquisa realizada em março aponta que 65,7% das famílias na capital sul-mato-grossense estão endividadas.

O número segue tendência de crescimento registrado em meses anteriores. A pesquisa liderada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e , revelam que o percentual foi de 64,9% em fevereiro e de 64% em janeiro.

A pesquisa detalha que o cartão de crédito continua sendo a principal fonte de dívida, impactando 75,4% dos endividados. Além dele, carnês e crédito pessoal também figuram entre os compromissos financeiros mais comuns, indicando que as famílias recorrem a diversas linhas de crédito para suprir suas necessidades.

O levantamento da PEIC também aponta para um aumento na inadimplência. Em março, 41,3% dos entrevistados com dívidas relataram estar com contas em atraso. Um dado ainda mais alarmante é que 12,5% das famílias endividadas em Campo Grande declararam não ter condições de quitar seus débitos no próximo mês, um aumento em relação aos 11,7% registrados em fevereiro e aos 9,7% de março do ano anterior.

A economista do Instituto de Pesquisa da MS, Regiane Dedé de Oliveira, pondera que “o endividamento por si não é um dado negativo, uma vez que grande parcela da população faz compras parceladas. O importante é observar se essas aquisições são feitas com planejamento dentro do orçamento familiar para que não haja inadimplência”.

No entanto, a pesquisa revela que 45,9% das famílias com contas em atraso não acreditam que conseguirão regularizar sua situação financeira no próximo mês, alimentando um ciclo vicioso de inadimplência com potencial para impactar negativamente a economia familiar e o cenário econômico geral. Especialistas alertam para as possíveis consequências na confiança do mercado e no consumo privado, fatores cruciais para o crescimento econômico.

A análise por faixa de renda expõe disparidades significativas. Entre as famílias com renda de até 10 salários mínimos, 18,9% são consideradas muito endividadas, um percentual que cai para 10,2% entre as famílias com maior renda. A inadimplência também é mais expressiva entre as famílias de menor renda, com 44,4% relatando contas em atraso, em comparação com 25,5% das famílias com renda mais elevada.

Quanto ao tipo de dívida, o carnê se destaca entre as famílias de menor renda, sendo citado por 21,2%, enquanto apenas 5,9% das famílias com maior renda possuem esse tipo de compromisso. Em contraste, 27,4% das famílias com renda superior a 10 salários mínimos possuem parcelas de carro e casa entre suas dívidas, enquanto apenas 14,8% das famílias de menor renda têm esses bens financiados.

A pesquisa da PEIC também revela a extensão do período de endividamento, com 39,6% dos endividados em Campo Grande possuindo compromissos financeiros que se estendem por mais de um ano. Essa situação de endividamento prolongado pode gerar instabilidade emocional e social nas famílias, reforçando a urgência de medidas de educação financeira e políticas econômicas que auxiliem na renegociação de dívidas e na promoção de um consumo mais consciente.

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