O IHP (Instituto Homem Pantaneiro) firmou uma parceria com uma empresa de consultoria e pesquisa para fortalecer os esforços de monitoramento das ariranhas no Pantanal, também conhecidas como ‘onças-d’água’. A iniciativa busca gerar dados essenciais para a conservação dessa espécie.
Com essa colaboração, novas armadilhas fotográficas serão instaladas em áreas estratégicas, principalmente na região da Serra do Amolar. Desde o final de 2024, as analistas ambientais do IHP conduzem os trabalhos, com dados iniciais que devem ser divulgados em breve.
Assim como a onça-pintada, a ariranha é considerada uma espécie guarda-chuva e funciona como bioindicadora da qualidade ambiental. Por estar no topo da cadeia alimentar, sua sobrevivência depende de ambientes aquáticos saudáveis e das áreas ao seu redor. Estudos indicam que a distribuição regional dessa espécie no Brasil já foi reduzida em até 40%.
A parceria com a Log Nature também contribui para o Plano de Ação Nacional para a Conservação das Ariranhas, coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, por meio do Centro Nacional de Pesquisa e Cenap (Conservação de Mamíferos Carnívoros). O IHP é parte integrante dessas ações, que visam desenvolver políticas públicas de conservação no país.
Mariana Queiroz, analista ambiental do IHP e integrante da equipe de monitoramento, destacou que o apoio da parceira e como foram ampliadas as estratégias de estudo com o uso de novas tecnologias.
“As armadilhas fotográficas serão incorporadas aos relatórios técnicos ambientais, com imagens e vídeos que nos ajudarão a identificar famílias e comportamentos das ariranhas. Estamos focados no monitoramento dessa espécie e planejamos futuramente ampliar o acompanhamento para outros animais ameaçados, como o tatu-canastra, a anta e o gato-mourisco.”
Para a instalação das armadilhas fotográficas, as analistas ambientais realizaram mapeamentos das áreas prioritárias, contando também com o suporte do Projeto Ariranhas, criado em 2019 pela bióloga Caroline Leuchtenberger.
Um dos desafios do trabalho é atuar próximo aos habitats das ariranhas, buscando interferir o mínimo possível na paisagem e nos hábitos dos animais. Todas as ações são realizadas apenas após a confirmação de que não há presença de ariranhas nas proximidades.
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