Padrasto que morreu após reconhecer corpo de enteado tem órgãos doados

O procedimento para captação dos órgãos foi feito na manhã desta segunda-feira (6)

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Procedimento foi realizado no Hospital Regional (reprodução)

Foram doados órgãos do jardineiro Antônio Medina, de 59 anos, que morreu após passar mal ao reconhecer o corpo do enteado Henrique Penha Cristaldo. Antônio morreu no Hospital Regional de Campo Grande na tarde desse domingo (5) e deve ser sepultado nesta terça-feira (7). O procedimento para captação dos órgãos foi feito na manhã desta segunda-feira (6).

Conforme o Hospital Regional, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, fez a captação do fígado, dois rins e duas córneas. O fígado será transplantado em um paciente de Mato Grosso do Sul e os rins serão encaminhados ao Rio Grande do Sul e Minas Gerais. As córneas foram encaminhadas ao Banco de Olhos da Santa Casa de Campo Grande.

Antônio sofreu parada cardiorrespiratória ao reconhecer corpo de enteado

Na tarde da última sexta-feira (3), quando o jardineiro chegou ao local e reconheceu o corpo de Henrique, ele passou mal e foi reanimado pelo Corpo de Bombeiros após ter uma parada cardiorrespiratória. Na ocasião, o soldado Bernardes e tenente Cristhopher realizaram os primeiros atendimentos.

Uma equipe URSA (Unidade de Resgate e Serviço Avançado) também foi acionada e, ao todo, foram aproximadamente 30 minutos de reanimação, e Antônio voltou a respirar. Assim, ele foi levado ao Hospital Regional, onde ficou internado, mas não resistiu aos ferimentos e foi a óbito na tarde de domingo (5).

Morte de enteado

Henrique foi encontrado por crianças, que foram brincar no córrego e encontraram o corpo dele enroscado em galhos dentro do rio. Apavoradas, as crianças saíram correndo gritando e populares acionaram o socorro e a polícia.

Henrique foi identificado pelo padrasto. Ele informou que a vítima sofria de transtornos psicológicos, ficou internado no hospital psiquiátrico e recebeu alta para a casa, onde ficou por aproximadamente dois meses e sumiu.

O cunhado da vítima informou também que Henrique tinha o costume de fugir de casa, e desta vez estava desaparecido havia dez dias.

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